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Pistorius recebe liberdade condicional e ficará em mansão do tio

Condenado por homicídio culposo de sua namorada, atleta foi liberado por bom comportamento na cadeia durante um quinto de sua pena

Por Da Redação |
Veja.com

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O campeão paraolímpico sul-africano Oscar Pistorius deixará a prisão no dia 21, depois de cumprir dez meses de sua pena de cinco anos. Ele está na prisão de Kgosi Mampuru II, em Pretória, desde outubro do ano passado, condenado por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) de sua namorada, a modelo Reeva Steenkamp, em janeiro de 2013. Pistorius ganhou liberdade condicional porque a lei sul-africana estabelece que prisioneiros com bom comportamento devem cumprir apenas um quinto de suas penas na cadeia. Ele passará o resto de sua sentença em “custódia supervisionada”, uma forma de prisão domiciliar, na mansão de seu tio, Arnold.

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A novo lar de Pistorius é uma mansão de muros altos na região arborizada de Waterkloof, uma das mais nobres de Pretória, com mais de uma dúzia de quartos, uma academia privada, piscina ao ar livre e jardins paisagísticos. O atleta de 29 anos deve usar um equipamento de rastreamento eletrônico e ainda não está definido se poderá viajar para participar de competições internacionais.

No entanto, mesmo que não viole a condicional, Oscar Pistorius pode voltar à cadeia. Seu caso ainda terá um recurso julgado pela Suprema Corte local, atendendo a um pedido da procuradoria, que quer classificar seu crime como homicídio doloso (quando há intenção de matar), cuja pena mínima é de 15 anos de encarceramento. Pistorius, que teve as pernas amputadas quando bebê e utilizou próteses de fibra de carbono durante sua gloriosa carreira, provavelmente será autorizado a deixar a casa para trabalho, realizar serviços comunitários ou para participar de eventos familiares importantes.

A notícia da soltura de Pistorius revoltou a família de Reeva Steenkamp. “As estatísticas mostram que nossa sociedade continua refém de ataques contínuos por parte de criminosos e assassinos. A prisão por dez meses por acabar com uma vida não é o suficiente. Tememos que isso não enviará a mensagem adequada nem servirá para dissuadir como deveria”, escreveram os pais da modelo, Barry e June Steenkamp, em carta enviada às autoridades do país.

O campeão paraolímpico sempre defendeu que teria atirado acidentalmente na namorada por achar que a casa havia sido invadida por ladrões, tese negada pela procuradoria e pelos pais de Reeva. “Não buscamos vingar sua morte e nem queremos que o senhor Pistorius sofra, porque isso não nos devolverá nossa filha. Mas uma pessoa declarada culpada por um crime deve cumprir sua pena completa por seus atos”, finalizou a carta da família Steemkamp.

(com agências Reuters e Gazeta Press)

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