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Pistorius pode ser solto em 2015, mas não virá à Rio-2016

Condenação a cinco anos de prisão por homicídio culposo poderá ser relaxada dentro de dez meses, mas o Comitê Paralímpico suspendeu Pistorius até 2019

Por Da Redação |
Oscar Pistorius é levado ao camburão que o transportou à prisão em Pretória

Oscar Pistorius é levado ao camburão que o transportou à prisão em Pretória

Oscar Pistorius já está na cadeia de Kgosi Mampuru, para onde foi levado num furgão policial cerca de duas horas depois que a juíza anunciou sua sentença

Condenado a cinco anos de prisão por homicídio culposo, o atleta paralímpico sul-africano Oscar Pistorius foi levado a uma cadeia de Pretória nesta terça-feira, logo depois de ouvir a sentença da juíza Thokozile Masipa numa corte da capital. Mas Pistorius, que matou a tiros a namorada Reeva Steenkamp, em fevereiro do ano passado, poderá ser solto já no ano que vem: de acordo com os especialistas, é possível que ele seja liberado depois de dez meses para cumprir o resto da sentença em prisão domiciliar. Ainda que sua prisão seja relaxada, Pistorius, o atleta paralímpico mais famoso da história, não participará dos Jogos do Rio-2016. Pouco depois do anúncio da pena, o Comitê Paralímpico Internacional anunciou sua própria punição ao sul-africano, também de cinco anos, durante os quais ele não poderá competir em nenhum evento esportivo, mesmo que tenha deixado a prisão.

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Dono de seis medalhas de ouro paralímpicas, Pistorius só poderá voltar às pistas em 2019, quando terá 32 anos. A mudança para o regime domiciliar não muda nada para o Comitê Paralímpico. “A sentença significa que Pistorius está inelegível para competir pelo período de cinco anos, independentemente de onde ele a esteja cumprindo”, disse um porta-voz da entidade. O Comitê Olímpico Internacional (COI) e a Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês) não comentaram a condenação do atleta. Oscar Pistorius já está na cadeia de Kgosi Mampuru, para onde foi levado num furgão policial cerca de duas horas depois que a juíza anunciou sua sentença no Tribunal Superior de Pretória. Antes de ocupar a cela, Pistorius seria submetido a exames médicos, informou a agência de notícias sul-africana Sapa. Por ser portador de necessidades especiais, ele ocupará uma cela individual na seção hospitalar da prisão.

A defesa de Pistorius, aliás, usava a deficiência física do atleta como argumento para pedir que ele não fosse preso – pedia apenas prisão domiciliar e trabalhos sociais. A juíza responsável pelo caso, porém, disse que ele receberia o tratamento adequado no sistema prisional sul-africano. Também nesta terça, a família de Pistorius pediu privacidade para o atleta. “Aceitamos a sentença. E Oscar também a aceitará”, disse um tio do atleta, Arnold Pistorius, enquanto saía do tribunal. “Estamos esgotados pelos mais de sete meses de julgamento e esperamos agora que Oscar comece seu próprio processo de cura.” O tio do astro paralímpico disse ainda que a família “está preparada para apoiá-lo” durante todo o cumprimento da pena. O advogado da família da vítima disse que os pais de Reeva também aceitaram a sentença e se disseram aliviados com a conclusão do julgamento. “Eles acham que a decisão está bem tomada”, disse o representante da família da modelo, Dup de Bruyn.

(Com Estadão Conteúdo e agências EFE e France-Presse)

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