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Opinião: Como é bom te ver assim, Neymar!

Com o apoio da torcida brasileira e leve dentro de campo, o craque brasileiro apresenta a sua melhor versão em “carreira solo”. É o melhor do mundo?

Por Alexandre Senechal |

Neymar durante a vitória do PSG sobre o RB Leipzig na Liga dos Campeões: o craque atua em uma velocidade diferente dos outros jogadores

A bola vem alta e forte. O domínio é difícil. Neymar não hesita e, contrariando a lógica – e a opinião de muitas pessoas nas redes sociais que acreditam que ele errou –, ajeita de letra para Di María marcar o segundo gol na vitória do Paris Saint-Germain sobre o RB Leipzig na semifinal da Liga dos Campeões. A jogada foi tão maravilhosa quanto inesperada. É possível notar na repetição a intenção do brasileiro em fazer o passe, milésimos de segundo após olhar o companheiro livre. Um gesto que, pela rapidez e genialidade do lance, só poderia ser feito por um autêntico craque. Parafraseando o colega João Vitor Nunes em resposta a quem diz que Neymar errou um domínio: fiquem com o achismo, prefiro a mágica.

O toque de classe foi a cereja do bolo de mais uma atuação de gala do brasileiro nesta versão express da Champions, pós-parada por causa da pandemia do novo coronavírus. Este texto foi motivado pelo lance, mas não só. Neymar, com ajuda de Mbappé, virou um jogo perdido contra a Atalanta nas quartas de final. Se a virada veio com a ajuda do atacante francês, a classificação passou diretamente pelos pés do brasileiro, que criou os dois gols da vitória e chamou a responsabilidade durante os 90 minutos.

Nesta terça-feira, 18, contra o RB Leipzig, o refinamento técnico de Neymar já havia aparecido em tabelas rápidas com Mbappé – apesar de novamente desperdiçar chances que ele não costuma perder – e em uma cobrança de falta de pura magia. Sem ângulo, quase enganou o goleiro Gulácsi, que esperava um cruzamento, ao bater direto, mas a bola, caprichosa, não quis entrar. Foi a segunda bola na trave do camisa 10 na partida. Sim, faltou apenas o gol. Mas será que faltou mesmo? As atuações dizem o contrário. Quem sabe ele não tenha guardado o grande momento para a decisão de domingo.

É o suficiente para definir que Neymar é o melhor do mundo? Ou se será eleito pela Fifa como o principal jogador da temporada na eleição do The Best? Falta o título. E, desta vez, em “carreira solo” – como protagonista de fato, mesmo com jogadores do quilate de Mbappé e Di Maria ao seu lado. Sem Lionel Messi e Cristiano Ronaldo nas fases decisivas da Champions depois de muito tempo, o brasileiro ainda precisa se preocupar com um fenomenal Robert Lewandowski de um mais espetacular ainda Bayern de Munique. É verdade que os alemães ainda precisam superar o Lyon para chegar à final, mas são os favoritos.

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Também pode-se dizer que a torcida brasileira teve um papel importante para deixar o craque mais leve. As redes sociais abraçaram o craque nos últimos dias e ele correspondeu. Levou a caixa de som antes das partidas. Apareceu com o óculos espelhado na cabeça a pedido dos fãs. E fez questão de gritar que “o pai tá on” para as câmeras durante as partidas. Cansamos de pedir maturidade para o “Adulto Ney”, já aos 28 anos, mas é essa versão “Menino Ney” que liberta o que o jogador tem de melhor dentro de campo. Como é bom te ver assim, Neymar!

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