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O lema do Brasil de Felipão na Copa: ‘Quem não toma, faz’

Técnico aproveitará últimos treinos até a estreia para acertar o posicionamento. Felipão acha que basta não sofrer gols para vencer, já que o ataque é eficiente

Por Giancarlo Lepiani |
Veja.com

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“Nossa equipe tem qualidade para marcar sempre um ou dois gols. Se o posicionamento for correto para evitar o contragolpe, teremos sempre uma boa chance de vencer�”

Desde que o técnico Luiz Felipe Scolari retornou ao comando da seleção brasileira, a equipe só não marcou gols em uma partida – em agosto do ano passado, depois da Copa das Confederações, em um amistoso contra a Suíça, na Basileia (os suíços venceram por 1 a 0, gol contra de Daniel Alves). Há três jogos sem ter sua defesa vazada, o time tem acumulado um incrível saldo de gols: nas últimas três partidas, todas amistosas, marcou nada menos de trinta gols e sofreu apenas três. Por tudo isso, Felipão parece cada vez mais confiante no poder de fogo de seu sistema ofensivo, ainda que Oscar esteja enfrentando dificuldades para reencontrar seu jogo. Depois dos dois amistosos de preparação para a estreia, contra o Panamá em Goiânia e a Sérvia em São Paulo, Scolari repetiu a mesma coisa: o Brasil precisa se cuidar para não sofrer gols, porque seu ataque raramente passa em branco. “A gente sempre vai ter a oportunidade de fazer um gol em alguma ocasião”, reforçou ele na noite de sexta-feira, na saída do Estádio do Morumbi.

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Assim, na Copa do Mundo, o Brasil de Felipão deverá adotar como mote uma versão às avessas de um dos mais famosos chavões do futebol: ao invés de “quem não faz, toma”, a seleção apostará na estratégia do “quem não toma, faz”. O próprio capitão do time, Thiago Silva, já disse que sonha em terminar o Mundial com nenhum gol sofrido. Felipão terá apenas quatro dias de treinamentos até a estreia, contra a Croácia, no Itaquerão (os atletas estão de folga neste sábado e a estreia acontecerá na quinta). Depois do amistoso contra os sérvios, ele explicou que uma de suas prioridades nessas últimas sessões de trabalho será acertar o posicionamento da equipe para barrar os contra-ataques e evitar deixar a defesa exposta demais. “Taticamente nós ainda podemos equilibrar mais alguma coisa até a estreia”, afirmou. Os erros de colocação em campo, deixando o sistema defensivo vulnerável, motivaram um raro episódio de reclamação em público de Felipão com o time.

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Depois do treino do último domingo, ele disse que tinha ficado muito insatisfeito com o desempenho dos atletas (ele costuma guardar queixas desse tipo para longe dos microfones). “Tudo errado”, disparou na ocasião. Nos jogos em Goiânia e São Paulo, o técnico disse ter enxergado algum avanço nesse quesito. Para a estreia, ele quer melhorar ainda mais. “Vamos fazer uma marcação na saída de bola dos croatas e tentar criar dificuldade para ver se a gente força uma bola mais longa�. É importante que a gente consiga ter mais domínio da bola.” Com o jogo controlado pelo Brasil, Felipão sabe que os oponentes terão poucas oportunidades – e, com a defesa protegida e firme, o técnico acredita que o time estará sempre muito perto da vitória. “Nossa equipe tem qualidade para marcar sempre um ou dois gols. Se o posicionamento for correto para evitar o contragolpe, teremos sempre uma boa chance de vencer�”, resumiu o técnico, que acumula quinze vitórias nos últimos dezesseis jogos à frente da seleção.

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