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‘Neymar é como um bom champanhe: efervescente e empolgante’

Ex-presidente do Santos, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, definiu dessa forma o jovem craque e já previa o seu futuro

Por Alexandre Salvador, de Paris |
Apresentação de Neymar no PSG

Neymar posa para foto com a camisa 10, que vestirá pelo PSG

Em um dos primeiros encontros com a reportagem de VEJA, ainda em 2010, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, então presidente do Santos, disse algo impossível de não lembrar. Se fosse comparado a um tipo de vinho, Neymar seria equivalente ao melhor champanhe: “Ele é efervescente, empolgante”, garantia Laor, um frasista sagaz cuja morte completa um ano no próximo dia 16. A metáfora criada pelo dirigente santista parece cada vez mais adequada, e não apenas pela obviedade de que Neymar agora defende um clube francês.

A efervescência criada por sua chegada à Cidade-Luz em menos de um dia já vale o “apelido” criado pelo dirigente que viu Neymar aparecer para o mundo. As ‘boutiques’ do Paris Saint-Germain amanheceram com filas de dobrar a quadra.

Torcedores do PSG fazem fila em frente a uma loja do clube na avenida Champs Elysses para comprar a camisa com o nome de Neymar Philippe Lopez/AFP

Teve gente que saiu de casa ainda no escuro para garantir a primeira camisa com o nome e número de Neymar nas costas. Outra surpresa, desta vez nas cores. O tradicional azul e vermelho do uniforme do PSG foi deixado de lado. A favorita, ao menos nesse dia de festa, é o modelo de visitante, todo amarelo, como a camisa da seleção brasileira. Quem saia da loja, saia exibindo sua preciosa nova posse, com o número 10 e o nome do brasileiro no verso da camisa. A torcida já está nas ruas para uma festa que só tem início amanhã, com a possível estreia de Neymar pelo PSG contra a equipe do Amiens, no Estádio Parc des Princes (o Parque dos Príncipes).

Com 25 anos, Neymar parece mais maduro nas palavras. Embora ainda fuja de perguntas-chave como um moleque levado. “Nunca procurei protagonismo”, disse o craque em sua apresentação com um semblante amarrado. Parecia que seu corpo sabia que não dizia a verdade. Neymar quer sim os holofotes, quer sim o prêmio de melhor jogador do mundo, quer sair de trás da sombra de Messi e Cristiano Ronaldo.

Foto: Philippe Lopez/AFP

Em Paris, dentro de uma organização que mais parece um clube-estado e que conta com uma massa de fãs em êxtase, o brasileiro gozará de idolatria superior a que tinha em Barcelona. A cobrança pela conquista de títulos, o objetivo totalmente escancarado pelo xeique Nasser Al-Khelaifi, não preocupa o brasileiro. “O peso continua o mesmo: 69 quilos”, brincou Neymar. “Paris est magique”, foram as últimas palavras do camisa 10 antes de deixar o anfiteatro lotado por mais de 200 jornalistas. E o ilusionista da vez é Neymar.

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