Neymar da Silva Santos, pai e agente do atacante do PSG e da seleção brasileira, usou as redes sociais nesta sexta-feira, 7, para comentar sobre um projeto de lei proposto pelo deputado Carlos Jordy (PSL-RJ) e outros colegas, que, inspirado no recente caso envolvendo o atleta, propõe o aumento de pena contra crimes de calúnia contra a “dignidade sexual”. Neymar pai agradeceu a “boa vontade” dos deputados, mas recusou a homenagem. Nas redes sociais, o projeto foi apelidado de “Neymar da Penha”, em referência à Lei Maria da Penha, que combate a violência contra a mulher.
“Agradecemos imensamente o apoio de todos e compreendemos a boa intenção da iniciativa de projeto de lei. Mas a única coisa que queremos nesse momento é justiça. Ver uma lei ser feita em nome do meu filho, por conta desse lamentável episódio, não me deixa nada feliz”, afirmou Neymar pai, numa foto em que o atacante aparece ao lado da mãe, Nadine, e da irmã Rafaela, que também já usaram o Instagram para defendê-lo.
“Ao contrário: meu filho quer apenas a verdade e a paz de volta. As mulheres conseguiram prosperar muito até agora e consideramos a defesa dos direitos das mulheres e as leis que as protegem como fundamentais, a exemplo da Lei Maria da Penha. Assim como também entendemos como importantes as leis que protegem as pessoas de acusações indevidas. Mas isso não pode ser confundido com o caso do meu filho”, prosseguiu.
“A única coisa que queremos, no momento, é provar a verdade desse caso, a inocência dele. Se um dia for feita uma lei em seu nome, que seja pela valorização do esporte, pois o futebol é o que move sua vida e a razão pela qual ele é conhecido”, completou o pai de Neymar. O jogador é acusado por Najila Trindade de ter cometido estupro e atos de violência em um hotel de Paris, em 15 de maio.
Eduardo Bolsonaro aplaude lei
Da Argentina, onde acompanhava o pai em viagem, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ) enalteceu a lei proposta pelos colegas e disse que “tem mulher bandida que faz carreira assim”.
“Parabéns aos deputados do PSL Cabo Junior Amarall (MG) e Carlos Jordy (RJ) que, atentos ao caso do Neymar, ,protocolaram projetos de lei para agravar pena de mulheres inescrupulosas que acusam falsamente homens de crimes e calúnias. Acredite, tem mulher bandida que faz carreira assim!”, escreveu o filho do presidente Jair Bolsonaro.
Também via redes sociais, o deputado Carlos Jordy explicou sua intenção.”Protocolei o PL 3369/19, que agrava a pena de denunciação caluniosa de crimes contra a dignidade sexual. Se aprovado, pessoas que fizerem acusações mentirosas, por exemplo, sobre crime de estupro, dando ensejo a investigações e processos poderão ter a pena aumentada em até 1/3.”