Nadal dá show, mas diz que ainda sente dores nas costas
Número 1 do mundo atropelou o também espanhol Montañés e está nas quartas
“Guga sempre lutava para estar de volta e continuar fazendo o que ele amava fazer. Então ele é uma grande inspiração para mim”, disse Nadal, que participou de uma homenagem ao brasileiro
A grande exibição contra o compatriota Albert Montañés, na noite de quinta-feira, pela segunda rodada do Rio Open de tênis, pode ter passado a impressão de que Rafael Nadal está em plena forma física. O espanhol revelou, porém, que ainda sente dores nas costas, um problema que vem desde a final do Aberto da Austrália, em que foi derrotado pelo suíço Stanislas Wawrinka, há três semanas. “As costas estão doendo um pouco, mas isso não me impede de jogar em alto nível. O que estou fazendo de diferente é sacar com menos força do que poderia. É um processo difícil, me esforcei bastante para estar no Brasil. Tentei ir a Buenos Aires, mas não consegui. Jogar na América Latina é sempre uma sensação especial, o público é carinhoso, e vale o esforço”, disse o número 1 do mundo.
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O Brasil é um país de boas lembranças para Nadal. No país, o espanhol conquistou o segundo título da carreira, na Costa do Sauípe, em 2005, e o primeiro após a recuperação de uma grave lesão no joelho, em São Paulo, no ano passado. “No Brasil há uma conexão especial com o público, aqui há uma energia especial. Essa conexão foi muito forte em São Paulo no ano passado e está aqui no Rio neste ano. Em 2005 eu estava começando, foi uma de minhas primeiras conquistas. Estou jogando no Rio pela primeira vez e espero que seja a primeira de muitas”, disse o tenista de 27 anos, que disse não se importar com os gritos ou qualquer outro exagero da torcida local. “Aqui as pessoas são muito expressivas e ficam bem próximas dos jogadores. No Brasil, o público gosta e entende”, elogiou.
Após a vitória sobre Montañés, Nadal foi o encarregado de entregar uma placa a Gustavo Kuerten durante uma homenagem ao ídolo brasileiro. O espanhol fez muitos elogios ao ex-líder do ranking da ATP. “Guga é um exemplo como pessoa e um exemplo de superação. Depois das lesões, ele sempre lutava para estar de volta e continuar fazendo o que ele amava fazer. Então ele é uma grande inspiração para mim, além de um dos melhores jogadores que eu vi no saibro”, disse o espanhol, que lamentou não ter podido enfrentar o brasileiro. “Fico desapontado por não ter vivido a mesma era que Guga. Teria sido ótimo jogar na minha melhor forma contra ele em sua melhor forma. Teriam sido grandes batalhas. Guga foi um jogador muito importante para o circuito profissional e para os brasileiros.”
(Com agência EFE)