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Na rodada dos goleiros, Uruguai termina líder e Egito faz história

Grupo A é definido com Suárez e Cavani fazendo gols e egípcios são os últimos

Por Fernando Beagá |

Diego Laxalt comemora com companheiros de equipe depois de marcar o segundo gol do Uruguai contra a Rússia, em Samara – 25/06/2018

A terceira rodada do Grupo A da Copa foi protocolar. Esperava-se que Uruguai e Rússia, classificados por antecipação às oitavas, medissem forças pela liderança da chave, mas os russos já estavam satisfeitíssimos por avançar e pouparam seu principal jogador, Golovin. Os uruguaios confirmaram o favoritismo e venceram os anfitriões por 3 a 0. Simultaneamente, Arábia Saudita e Egito se despediram do Mundial castigando a bola — exceção ao golaço de Salah — na vitória saudita por 2 a 1, em Volgogrado.

Nesse desfecho pouco empolgante, os goleiros têm boas histórias para contar. A mais marcante é a do egípcio El Hadary. Aos 45 anos e 161 dias de idade, ele se tornou o jogador mais velho ao entrar em campo numa Copa do Mundo, batedo a marca do também guarda-redes Mondragón, colombiano que tinha 43 anos e três dias quando atuou no Mundial de 2014. Não bastasse o feito, El Hadary (titular nas Eliminatórias e preterido nos dois primeiro jogos do Mundial) ainda defendeu um pênalti. Teve agilidade para interceptar a batida forte de Al-Muwallad. Mas não conseguiu evitar outro tiro livre, esse de Al-Faraj, nem a derrota de sua equipe.

Pelo lado saudita, a curiosidade com luvas foi a terceira escalação diferente pelo técnico Juan Antonio Pizzi. Depois de Al-Muaiouf sofrer cinco gols na estreia e Al-Owais falhar contra o Uruguai, Al-Mosailem ganhou sua vez e foi o único a vencer e ter tranquilidade, por ser pouco contestado por Salah e companhia.

Em Samara, o feito numérico foi do camisa 1 uruguaio: Muslera completou cem jogos com a camisa celeste. Justificou a longevidade ao evitar o empate russo, aos treze do primeiro tempo, em chute perigoso de Cheryshev. E quase fez lambança ao tentar sair jogando, aos 29 do segundo tempo, dando um pouco de emoção à torcida local.

O russo Akinfeev não fez nada de excepcional dessa vez, além de não ter culpa nos três gols uruguaios. Mas é um recordista ambulante: defendeu apenas um clube na carreira, o CSKA Moscou, onde é titular há quinze anos, e é o goleiro que mais vestiu a camisa da Rússia, 110 vezes, à frente de Dasaev (91) e Yashin (78), ídolos dos tempos de União Soviética.

O Uruguai joga pelas oitavas de final no próximo sábado, 30 de junho, às 15h, contra o segundo colocado do Grupo B. A Rússia encara o líder da mesma chave no dia seguinte, às 11h, em Moscou.

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Ponto alto
O uruguaio Edinson Cavani finalmente conseguiu fazer seu primeiro gol na Copa, aos 45 minutos do segundo tempo. A bola chegou mais dessa vez e o técnico Tabárez parece ter encontrado o meio de campo ideal.

Ponto baixo
Para quem contava com um dos melhores jogadores do mundo, Salah — mesmo sem a condição física ideal —, o desempenho do Egito na Copa do Mundo foi desastroso. Foram 28 anos de espera e três derrotas…

 

Ficha dos jogos

Uruguai 3 x 0 Rússia
Local: Arena Samara. Árbitro: Malang Diedhiou (SEN). Público: 41.970. Cartão vermelho: Smolnikov, aos 38 do primeiro tempo. Gols: Suárez, aos 10, Cheryshev (contra), aos 23 do primeiro tempo; Cavani, aos 45 do segundo tempo.
Uruguai: Muslera; Cáceres, Coates, Godín e Laxalt; Vecino, Torreira, Betancur (De Arrascaeta) e Nández (Cebolla Rodríguez); Suárez e Cavani (Maximiliano Gómez). Técnico: Óscar Tabárez.
Rússia: Akinfeev; Smolnikov, Kutepov, Ignashevich e Kudryashov; Gazinsky (Kuzyaev) e Zobnin; Samedov, Miranchuk (Smolov) e Cheryshev (Mário Fernandes); Dzyuba. Técnico: Stanislav Cherchesov.

Arábia Saudita 2 x 1 Egito
Local: Arena Volgogrado. Árbitro: Wilmar Roldan (COL). Público: 36.823. Gols: Salah, aos 22, Al-Faraj, aos 51 do primeiro tempo; Al-Dawsari, aos 50 do segundo tempo.
Arábia Saudita: Al-Mosailem; Al-Burayk, Osama Hawsawi, Motaz Hawasawi e Al-Shahrani; Al-Faraj, Ateef, Al-Dawsari, Al-Moghawi e Hatan Bahbir (Asiri); Al-Muwallad (Al-Shehri). Técnico: Juan Antonio Pizzi.
Egito: El Hadary; Ahmed Fathi, Hegazy, Ali Gabr e Abdelshafy; Hamed e Elneny; Salah, Abdalla (Warda) e Trezeguet (Kahraba); Mohsen (Sobhi). Técnico: Héctor Cúper.

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