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Marin deve ser extraditado para os EUA nesta terça

Preso há mais de cinco meses na Suíça, ex-presidente da CBF fechou acordo com a Justiça americana e vai responder ao processo em prisão domiciliar no seu apartamento em NY

Por Da Redação |
Presidente da CBF José Maria Marin

Presidente da CBF José Maria Marin

O ex-presidente da CBF José Maria Marin, preso desde o final de maio em Zurique, deve ser extraditado para os Estados Unidos nesta terça-feira, depois de fechar um acordo com a Justiça americana. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, fontes próximas ao processo afirmaram que a viagem acontecerá na manhã de terça, colocando um fim a mais de cinco meses de prisão do cartola na Suíça. Marin, de 83 anos, é acusado de ter recebido pelo menos 3 milhões de dólares de subornos em contratos da CBF.

Segundo o jornal, o dirigente deve desembarcar em Nova York no meio da tarde de terça. Marin será então levado diretamente para um tribunal, onde vai se declarar inocente das acusações e, em seguida, passará algumas horas em uma delegacia. Graças a um acordo preestabelecido com o FBI, o brasileiro vai permanecer em prisão domiciliar no seu apartamento na 5ª Avenida.

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A negociação com o governo americano atrasou a definição do caso do brasileiro, último dos sete cartolas presos a ser extraditado. Seus advogados abriram conversas com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos para garantir que Marin receberia certos privilégios caso aceitasse a extradição. O ex-presidente da CBF continuará a se declarar inocente e o processo vai seguir seu trâmite durante 2016, mas ele aceita “colaborar com a investigação” e colocar uma parte significativa de seus bens nas mãos da Justiça. Isso vai incluir até mesmo uma garantia assinada por sua mulher.

Pelo acordo, ele não teria de delatar ninguém por enquanto. No entanto, a Justiça dos Estados Unidos voltará a propor a delação premiada a Marin, assim como fez com o empresário brasileiro J. Hawilla – dono da Traffic que admitiu sua culpa e entregou o nome de diversos comparsas, incluindo o do próprio Marin. Um dos próximos focos dos americanos é traçar o envolvimento do empresário Kleber Leite, dono da Klefer, e do atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero e do antecessor de Marin, Ricardo Teixeira, nos contratos ilegais da entidade.

Ao chegar aos Estados Unidos, Marin ficará no máximo 72 horas em uma prisão e já será levado para seu apartamento em Nova York. O prazo é apenas para garantir que o depósito seja feito em uma conta da Justiça, além de trâmites burocráticos. O brasileiro, porém, poderá acompanhar seu julgamento de seu flat com vista para a 5ª Avenida, com um quarto, sala e cozinha.

(Com Estadão Conteúdo)

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