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Justiça brasileira nega pedido de extradição de Robinho à Itália

Ex-jogador foi condenado a nove anos de prisão por violência sexual, mas segue em liberdade; justiça italiana deve formalizar pedido de prisão no Brasil

A justiça brasileira negou nesta quinta-feira, 3, o pedido de extradição do ex-atacante Robinho para a Itália. A informação é da agência de notícias Ansa. De acordo com a reportagem, a recusa se baseia no artigo 5º da Constituição Federal de 1988, que proíbe a extradição de brasileiros natos a outras nações.

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Contudo, ele ainda poderá cumprir pena no país. O ex-atacante foi condenado em 19 de janeiro pela 3ª Seção Penal da Corte de Cassação de Roma, equivalente a terceira e última instância, a nove anos de prisão por violência sexual em grupo.

O poder judiciário italiano entrou com o pedido em outubro. A resposta do Brasil já era esperada pelo advogado da vítima, porém a Itália deve formalizar nova solicitação, agora para que o ex-jogador cumpra a pena em território brasileiro. Se deixar o país, o condenado também pode ser detido.

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Além de Robinho, a mesma sentença foi imposta para o seu amigo, Ricardo Falco. O caso é de violência sexual em grupo contra uma jovem albanesa, ocorrido em 22 de janeiro de 2013, na casa noturna Sio Café, quando o brasileiro era jogador do Milan. O veredicto foi dado por um colegiado de cinco juízes – uma mulher e quatro homens.

Na ocasião a defesa de Robinho apresentou um recurso de 65 páginas, com dezenove anexos e quatro consultorias técnicas para desmontar a sentença inicial condenatória.

A justiça italiana apontou que a vítima, que não teve seu nome revelado, estava em condições de inferioridade psíquica e física.  Durante os julgamentos, a defesa de Robinho chegou a contestar traduções feitas nas interceptações telefônicas e apresentou uma espécie de dossiê com diversos anexos do histórico pessoal da vítima, contendo principalmente fotos.

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Robinho foi condenado pela 3ª Seção Penal da Corte de Cassação de Roma -
Ex-atacante já foi visto recentemente em praias no litoral paulista –

No conteúdo, em diálogo com Ricardo Falco, o jogador indicou que os envolvidos tinham consciência da condição de embriaguez da vítima. Ao ser interrogado, em abril de 2014, Robinho negou a acusação admitindo apenas ter tido relação via sexo oral com a vítima.

Robinho chegou a ser anunciado pelo Santos em outubro de 2020, naquela que seria sua quarta passagem pelo clube. A repercussão ruim sobre o processo fez com o Santos repensasse a contratação.

No Brasil, o ex-jogador costuma frequentar praias de Santos e Guarujá e aparece ao lado de ex-companheiros do esporte. Ainda assim, busca ficar afastado dos holofotes e, para isso, abandonou as redes sociais.

A exceção aconteceu no último fim de semana, quando voltou a publicar para declarar apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado na disputa do segundo turno no último dia 30 de outubro contra o Luis Inácio Lula da Silva (PT).

Na última quarta-feira, 2, o ex-jogador foi apontado como um dos manifestantes presentes em um ato político pedindo “intervenção federal” contra a eleição democrática Lula. Ele estaria disfarçado, utilizando uma máscara e um gorro.

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