Quatro jogadores do Sport Clube Gaúcho, de Passo Fundo, foram demitidos no último sábado após o vazamento de um vídeo em que aparecem se masturbando no vestiário, após os treinamentos. Todos eram titulares da equipe, que disputa a terceira divisão do Campeonato Gaúcho.
Após o vídeo se espalhar na internet, todos os atletas envolvidos (três durante o ato e o responsável pela filmagem) foram dispensados. “Fizemos um acordo. Decidimos não acionar a Justiça do Trabalho, Perdas e Danos, muito menos justa causa. O clube até prefere afirmar que os jogadores não fazem mais parte do clube, em vez de usar a palavra ‘demissão’. Dois dos atletas são de outros Estados e dois são daqui do Rio Grande do Sul, e ficou definido que cada um seguirá seu caminho, estão livres para acertar com outros clubes”, disse o presidente do clube, Gilmar Rosso, militar e professor de sociologia.
Segundo Rosso, o desligamento não ocorreu pelo ato em si, mas sim pela exposição das dependências e do clube no vídeo. “Foi uma brincadeira de muito mau gosto, e a regra deve ser cumprida. No começo da temporada, reuni os atletas e expliquei que sem a autorização do departamento jurídico a marca e os logotipos do clube não poderiam ser utilizados. Eles desobedeceram essa regra e eu precisei aplicar a punição. Não há razão para recuar, os atletas estão dispensados e não seguirão no Gaúcho.”
Rosso ainda desmentiu que o clube teria sido preconceituoso. “O que cada um faz depois do expediente não me interessa. Não tem nada a ver com homofobia, se tivesse sido com mulher, se tivesse sido filmado ou não, existe uma regra e ela precisa ser cumprida. Existem histórias muito piores nos bastidores do futebol, mas aconteceu essa aqui no clube e não tinha como ser conivente.”