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Instagram remove vídeo de Neymar, investigado por divulgar fotos íntimas

Atacante havia divulgado conversa de WhatsApp para se defender de acusação de estupro

Por Da redação |

Neymar posta vídeo para se defender da acusação de estupro

O vídeo de cerca de sete minutos postado por Neymar para se defender de uma acusação de estupro foi deletado na madrugada desta segunda-feira, 3, de seu Instagram. Além da denúncia de violência sexual, registrada por uma mulher brasileira em boletim de ocorrência em São Paulo na última sexta-feira, 31 de maio, o jogador está sendo investigado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro por divulgação de fotos íntimas.

“O conteúdo foi removido por violar as Diretrizes da Comunidade do Instagram”, comunicou a assessoria da rede social.

Neymar da Silva Santos, pai do jogador, já havia dito que o vídeo foi deletado pelo próprio Instagram, mas defendeu a atitude do filho. “Não tínhamos escolha. Eu prefiro um crime de internet a um de estupro. Foi o Instagram que tirou. Ele preservou a imagem, o nome. Ele precisava se defender rapidamente”, disse, em entrevista à Band. 

No vídeo postado com o recurso IGTV, do Instagram, Neymar se disse vítima de extorsão e exibiu a troca de mensagens, nas quais aparecem fotos da suposta vítima nua ou seminua, com o rosto e partes íntimas borradas. “Estou sendo acusado de estupro. É uma palavra pesada, uma coisa muito forte, mas é o que está acontecendo no momento”, lamenta o jogador de 27 anos no início do pronunciamento.

No domingo 2, a Polícia Civil do Rio enviou uma viatura à Granja Comary em busca de Neymar. O delegado da 110ª DP de Teresópolis Bruno Gilaberte e um inspetor de polícia foram recebidos pelo administrador da concentração da seleção e pelo chefe de segurança da CBF, que confirmaram a ausência do jogador, que chegaria horas depois de helicóptero.

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Policiais da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) foram à Granja Comary, centro de treinamento da seleção brasileira, em Teresópolis (RJ), no fim da manhã desta segunda-feira, 3. O departamento apura o vídeo publicado por Neymar para se defender da acusação de estupro. A viatura chegou ao local no momento em que o técnico Tite concedia entrevista coletiva na Granja Comary – o principal tema das perguntas foi justamente a acusação contra o atacante.

O artigo do Código Penal criminaliza o ato de “oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou divulgar, por qualquer meio – inclusive por meio de comunicação de massa ou sistema de informática ou telemática -, fotografia, vídeo ou outro registro audiovisual que contenha cena de estupro ou de estupro de vulnerável ou que faça apologia ou induza a sua prática, ou, sem o consentimento da vítima, cena de sexo, nudez ou pornografia.”

O crime prevê pena de prisão de um a cinco anos, com aumento de até 2/3 da pena caso o crime seja praticado por agente que mantém ou tenha mantido relação íntima de afeto com a vítima ou com o fim de vingança ou humilhação. Como as imagens divulgadas por Neymar em seu Instagram foram editadas (algumas partes íntimas foram cobertas, assim como horários, datas e até nomes), o telefone celular do atacante terá de passar por uma perícia técnica.

A Secretaria de Segurança de São Paulo confirma que uma mulher brasileira registrou uma denúncia na Polícia de São Paulo contra Neymar por estupro, que teria sido cometido no dia 15 de maio, em um hotel de Paris. O caso é mantido sob sigilo.

Segundo a denúncia, a mulher, que vive no Brasil, afirma ter conhecido o jogador por meio do Instagram e, depois de várias conversas, Neymar a convidou para viajar a Paris, onde os dois se encontraram em um hotel e ele a teria violentado. Tanto o pai de Neymar como os representantes do jogador, que negaram categoricamente qualquer delito, afirmaram que irão acionar as autoridades.

(com AFP)

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