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História das anfitriãs nas Copas anima a torcida russa

Além de grandes seleções que foram campeãs, Rússia pode se inspirar no exemplo da Coreia do Sul, semifinalista em 2002

Por André Siqueira |

Torcedor pinta a bandeira da Rússia no rosto para acompanhar a primeira partida da Copa contra a Arábia Saudita no estádio Luzhniki em Moscou – 14/06/2018

A estreia da Rússia, que venceu a Arábia Saudita por 5 a 0, no estádio Lujiniki, na abertura da Copa do Mundo, deixou no ar a questão sobre quão longe os anfitriões podem chegar neste Mundial. Com o placar elástico, os donos da casa alcançaram a marca de maior vitória nas primeiras partidas, igualando o placar aplicado pelo Brasil contra o México, em 1954. Se depender do retrospecto, os torcedores russos têm tudo para acreditar em um bom desempenho da equipe comandada pelo técnico Stanislav Cherchesov. 

Nas vinte edições de Copa do Mundo realizadas de 1930 a 2014, os anfitriões foram campeões em seis oportunidades – Uruguai (1930), Itália (1934), Inglaterra (1966), Alemanha Ocidental (1974), Argentina (1978) e França (1998). Em outras cinco edições os donos da casa foram, no mínimo, até a semifinal – Brasil (1950), Suécia (1958), Chile (1962) e Itália (1990), Coreia do Sul (2002).

O caso mais recente e emblemático é, sem dúvida, o da Coreia do Sul, que sediou o Mundial ao lado do Japão em 2002. Empurrados por sua torcida, os sul-coreanos lideraram o Grupo D com 7 pontos, deixando para trás Estados Unidos, Portugal e Polônia. Nas oitavas de final, despacharam a tradicional Itália – naquela altura, já tricampeã do mundo -, ao vencer a Azzurra por 2 a 1. Na fase seguinte, derrotaram a Inglaterra por 1 a 0. Na semifinal, foram derrotados pela Alemanha pelo placar mínimo. A segunda derrota ocorreu na disputa de terceiro lugar – a Turquia venceu os donos da casa por 3 a 2.

Por outro lado, o desempenho da África do Sul na Copa de 2010 faz com que os russos adotem cautela. Naquele ano, também empurrados pela torcida, que lotou o estádio Soccer City, na abertura, com mais de 84 mil torcedores, os sul-africanos, treinados por Carlos Alberto Parreira, somaram quatro pontos e não se classificaram para a fase final. Os donos da casa empataram com o México na estreia, foram derrotados pelo Uruguai, rival da Rússia no Grupo A, e venceram a França na rodada final.

Na sequência da fase de grupos, para classificar-se ao mata-mata e manter vivo o sonho de fazer história na Copa em sua casa, a seleção russa enfrentará o Egito, na próxima terça-feira, 19, e o Uruguai, no dia 25.

 

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