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Greve no Figueirense: jogadores recebem apoio de adversários

Filipe Luís, do Flamengo, Betão, do Avaí, e Edílson, do Cruzeiro, demonstraram solidariedade aos atletas com salários atrasados

Por Da Redação |
Betão, capitão do Avaí

SANTOS, SP, 28.07.2019: SANTOS-AVAÍ – O jogador Betão. Partida entre Santos e Avaí válida pelo Campeonato Brasileiro, realizada no estádio da Vila Belmiro em Santos, SP. (Foto: Guilherme Dionizio/Código19/Folhapress)

Os jogadores do Figueirense seguem em greve por atraso de salário e receberam apoio de atletas de outros clubes depois do W.O. contra o Cuiabá, pela 17ª rodada da Série B. Atletas de outros clubes, inclusive de rivais, prestaram solidariedade aos colegas de profissão.

O lateral Filipe Luís, do Flamengo e da seleção brasileira, foi formado na categoria de base do clube catarinense e enviou uma mensagem de apoio aos atletas do Figueirense na última quarta-feira, 21, após a vitória contra o Internacional, por 2 a 0, nas oitavas da Copa Libertadores.

Tabela completa de jogos do Campeonato Brasileiro Série B 2019

“Dói no coração, porque o Figueirense é o clube que me revelou, que me deu tudo, e hoje passa por esse momento de dificuldade. Os jogadores devem estar sofrendo mais do que ninguém. Eles têm família. Para não jogar, a situação deve ser bem grave. A única coisa é mandar força para os torcedores e jogadores, porque o Figueirense é um clube enorme para Santa Catarina e precisa se reerguer”, comentou.

O zagueiro Betão, capitão do Avaí, lamentou a situação enfrentada pelos jogadores do rival Figueirense. “Temos de deixar de lado a rivalidade. Tem pai de família e pessoas que vivem daquilo. É triste, porque o Figueirense é tradicional. Ver a equipe nessa situação é ruim para o futebol catarinense. Não falo na questão da rivalidade, mas de humanidade. Só quem está ali deve saber o que aconteceu para chegar até essa situação”.

Revelado pelo Avaí, o lateral Edilson, do Cruzeiro, saiu em defesa dos jogadores do Figueirense e pediu ‘respeito e decência’ para com os atletas, alegando que o imbróglio é algo comum no futebol brasileiro.

“Pela experiência que eu tenho no futebol, me sinto no dever de me solidarizar com os atletas do Figueirense. Suas reivindicações são justas e cabíveis em qualquer segmento do mercado. É necessário que os jogadores sejam tratados com decência e profissionalismo. Se eles chegaram a ponto de não entrar em campo, certamente estão passando por uma situação extrema. Não só eles, como funcionários. Infelizmente é algo comum no futebol brasileiro. Já passou da hora dos dirigentes serem responsáveis, respeitarem a camisa dos clubes e seus torcedores”

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Os atletas do Figueirense estão em greve porque não recebem salários há três meses. O clube já havia atrasado o pagamento em julho, mas, para evitar o protesto, assinou um termo de responsabilidade se comprometendo a cumprir com os vencimentos, o que não aconteceu e mobilizou os jogadores a não entrarem em campo contra o Cuiabá. Segundo o regulamento da Série B, o Figueirense será rebaixado em caso de um novo W.O. Temendo uma debandada, o Figueirense acertou com oito jogadores para a sequência da Série B, a maioria jovens que chegaram por empréstimo.

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