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EUA ajudarão Brasil em investigações sobre Marin, Del Nero e Teixeira

Americanos aceitam cooperar com países do Mercosul, mas exigem sigilo total

Por Da Redação |
Os presidentes da CBF, José Maria Marin, e da federação paulista, Marco Polo Del Nero, em audiência pública sobre a Copa de 2014, na Câmara, na semana passada

Os presidentes da CBF, José Maria Marin, e da federação paulista, Marco Polo Del Nero, em audiência pública sobre a Copa de 2014, na Câmara, na semana passada

A Justiça dos Estados Unidos vai repassar ao Brasil parte das informações sobre as investigações que conduz contra o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, e seus antecessores, José Maria Marin (que segue preso na Suíça) e Ricardo Teixeira. O Ministério Público brasileiro aguarda os detalhes que podem levar a Justiça a tomar medidas no próprio território nacional, ampliando assim o cerco contra os cartolas e a CBF.

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Em junho, os países integrantes do Mercosul enviaram uma carta para a Procuradoria Geral dos Estados Unidos solicitando a cooperação de Washington no caso das suspeitas de corrupção no futebol, em um documento assinado pelo procurador-geral brasileiro Rodrigo Janot. Foi a partir das investigações americanas que o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, foi detido em Zurique, acusado de corrupção. Desde então, Del Nero deixou de viajar temendo ser preso, enquanto Teixeira admitiu que está sendo investigado nos Estados Unidos, mas negou todas as acusações.

A carta do bloco sul-americano começou a dar resultados. No dia 8 de julho, em Washington, a Procuradora-Geral dos Estados Unidos, Loretta Lynch, revelou ao chefe do Ministério Público do Chile, Sabas Chahuán, que seu escritório está disposto a cooperar com os países do Mercosul e que os Estados Unidos devem enviar informações sobre as pessoas investigadas.

O recado de Lynch, que chegou a qualificar o caso como “a Copa do Mundo da corrupção”, já chegou até o gabinete de Janot em Brasília, mas o alerta dos americanos é de que apenas vai cooperar se tiver garantias de que os detalhes do processo não serão vazados para imprensa ou envolvidos no caso. O temor dos americanos é de que a influência desses cartolas signifique que detalhes das investigações cheguem aos advogados de defesa antes do indiciamento.

Por enquanto, os dirigentes investigados pelos Estados Unidos, além dos brasileiros, são o paraguaio Nicolás Leoz (ex-presidente da Conmebol), o uruguaio Eugenio Figueredo (ex-presidente da Conmebol e vice da Fifa) e o venezuelano Rafael Esquivel (ex-presidente da federação de seu país), os empresários brasileiros J.Hawilla e José Lázaro e os argentinos Hugo Jinkis, Mariano Jikis e Alejandro Burzaco.

(com Estadão Conteúdo)

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