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Duelo dos craques: Neymar no auge e chileno no sacrifício

Brasil não teme holofotes sobre o seu camisa 10, que tem brilhado ainda mais sob pressão. Já o Chile vai escalar Vidal mesmo admitindo problemas físicos

Por Giancarlo Lepiani, de Belo Horizonte |
Veja.com

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“É preciso ficar muito próximo dele quando ele estiver com a bola. Mas não será uma perseguição pessoal, e sim uma atenção coletiva. Acompanharemos de perto cada movimento dele”, disse Sampaoli sobre Neymar

Os principais jogadores das seleções do Brasil e do Chile chegam à partida decisiva de sábado, em Belo Horizonte, em condições muito diferentes. No confronto que abrirá as oitavas de final da Copa do Mundo, às 13 horas (de Brasília), no Mineirão, o Brasil aposta todas as suas fichas em Neymar, que parece viver o momento mais inspirado de sua carreira, enquanto o Chile torce pela recuperação de Arturo Vidal, que chegou ao país com problemas físicos e ainda não se recuperou totalmente de sua lesão. Para o técnico Luiz Felipe Scolari, Neymar tem tudo para dar conta das expectativas depositadas sobre ele: “Pela idade que tem, é um menino muito centrado”, afirmou, sobre o craque de 22 anos. Já o argentino Jorge Sampaoli, treinador do Chile, aposta que Vidal, meia de 27 anos da Juventus, da Itália, será capaz de superar suas dores porque está consciente de sua importância para os companheiros. “Ele não está nem perto dos 100%, mas é um símbolo da nossa equipe, tem valentia e hombridade. Tem feito todo o possível para estar presente, mostrou um esforço enorme para jogar.”

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Na véspera da partida, Felipão também revelou sua admiração por Neymar, que já soma quatro gols na competição. “Tem foco, uma personalidade forte e interessante, é um menino participativo, sempre envolvido com o equilíbrio da equipe. Ele é um garoto do bem, e muito do bem.” Quando o capitão Thiago Silva, também presente à entrevista coletiva desta sexta-feira, no próprio Mineirão, falou sobre a chance de o camisa 10 aparecer entre os candidatos a melhor jogador do mundo na próxima premiação da Fifa, Felipão fez questão de entrar no assunto para reforçar algo que tem repetido ao longo da Copa: que a prioridade do craque deve ser ajudar a equipe, e não conquistar os prêmios individuais da Copa. “O Neymar não joga para ser o melhor do mundo. Ele joga para o Brasil e pelo Brasil, e o que ele quer mesmo ser é campeão do mundo.” Scolari também foi questionado sobre o desempenho de Lionel Messi, que divide com o brasileiro (e com o alemão Thomas Müller) a artilharia da Copa, e sobre as comparações entre ele e Neymar. “A minha opinião pessoal sobre quem é melhor eu só darei daqui a uns dez, quinze anos, porque agora não preciso dizer nada”, brincou.

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Jorge Sampaoli também falou sobre o brilho de Neymar nesta Copa, reconhecendo que ele desperta uma preocupação especial. “É preciso ficar muito próximo dele quando ele estiver com a bola. Mas não será uma perseguição pessoal, e sim uma atenção coletiva. Acompanharemos de perto cada movimento dele para que possamos neutralizá-lo”, explicou o treinador do Chile. As palavras mais elogiosas de Sampaoli, porém, foram reservadas ao seu próprio craque. “Por sua vontade e personalidade, esse tipo de atleta sempre desperta a esperança de que no último minuto estará pronto para jogar”, disse o argentino, citando também Gary Medel, outra peça importante que é dúvida para o duelo das oitavas. Medel, aliás, viva situação ainda mais preocupante do que Vidal. “Se o jogo fosse hoje, ele não atuaria”, contou Sampaoli nesta sexta. O técnico do Chile ainda elogiou bastante outra aposta da equipe para sábado, o atacante Alexis Sánchez, companheiro de Neymar no Barcelona. Questionado sobre a evolução do futebol de Alexis na seleção, Sampaoli disse que o segredo está na confiança do atleta. “Penso que, aqui na seleção, ele se sente determinante, essencial, enquanto no Barcelona ele não me parece estar sendo tão valorizado.” Alexis perdeu espaço no clube catalão justamente com a chegada de Neymar.

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