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Del Nero também recebeu subornos, aponta MP da Espanha

Presidente da CBF é suspeito de receber comissões da empresa Klefer, assim como os antecessores Ricardo Teixeira e José Maria Marin

Por Da redação |
Audiência pública sobre as denúncias de corrupção envolvendo a FIFA e a CBF. Presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo Del Nero

Audiência pública sobre as denúncias de corrupção envolvendo a FIFA e a CBF. Presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo Del Nero

Marco Polo Del Neroé citado em uma denúncia preparada pelo Ministério Público da Espanha sobre lavagem de dinheiro no futebol. O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) é apontado como uma das pessoas que recebeu subornos da Klefer, empresa de Kleber Leite, para a realização da Copa do Brasil de 2013.

A denúncia contra o atual chefe da CBF já fazia parte das investigações do FBI, mas o caso voltou a ser mencionado em Madri nesta semana. Desta vez, os procuradores apontam que a Klefer foi uma das empresas que alimentaram a rede de companhias de fachada para lavar dinheiro da CBF.

De acordo com a investigação, a empresa brasileira depositou em 14 de abril de 2014 quase 1 milhão de dólares para a Itasca, uma companhia com sede no Panamá e também controlada pelo grupo de Sandro Rosell, ex-presidente do Barcelona, que foi detido nesta semana por ligações com a CBF.

“A Klefer tinha assinado um contrato no ano de 2011 com a CBF, pelo qual pagaria supostas comissões ilegais para a obtenção de direitos de difusão e marketing da Copa do Brasil de Futebol de 2013, para esses direitos fossem a outras sociedades”, aponta o documento da procuradoria da Espanha. “Essas comissões iriam para (Ricardo) Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero”, indica o documento, citando os últimos três presidentes da CBF.

Del Nero não deixa o Brasil desde maio de 2015, quando o FBI o indiciou após o estouro do escândalo de corrupção envolvendo uma série de dirigentes da Fifa, entre eles José Maria Marin, então presidente da CBF – Del Nero era o vice -, que ficou 160 dias preso na Suíça e depois foi extraditado aos Estados Unidos. Com julgamento marcado para novembro nos EUA, ele atualmente cumpre regime de prisão domiciliar em Nova York.

(com Estadão Conteúdo)

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