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CPI do Futebol: pai de Neymar diz que não houve sonegações

O pai do jogador do Barcelona diz que ocorreu ‘falta de entendimento por causa de mudança de critérios da Receita Federal’

Por Da Redação |
Neymar da Silva Santos, em depoimento à CPI do futebol, em Brasília

Neymar da Silva Santos, em depoimento à CPI do futebol, em Brasília

O pai e empresário do jogador Neymar, Neymar da Silva Santos, foi ouvido nesta terça-feira pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Máfia do Futebol. A comissão pediu explicações sobre os quase 190 milhões do jogador que estão bloqueados pela Justiça brasileira por acusações de sonegação de impostos entre 2011 e 2013, quando Neymar ainda atuava pelo Santos.

Responsável pela gestão da carreira do filho através da NR Sports, Neymar garantiu que pagou todos os tributos e disse que houve falta de entendimento por causa da mudança dos critérios de cobrança da Receita Federal. Segundo o empresário, uma multa foi cobrada pois a Receita creditou contas à pessoa física de Neymar que já tinham sido tributadas pela empresa (Pessoa Jurídica) que agencia o jogador.

Questionado sobre falsificação de contratos na transação Santos-Barcelona, Neymar pai disse: “Quando começou, ele não poderia ter contrato de trabalho, não poderia ter empresa nem vínculo empregatício. O único modo que o Santos tinha era adquirir a imagem desse atleta (Neymar). Então nós, pai e mãe, abrimos uma empresa para negociar o direito de imagem do garoto com o clube. E com a saída do Neymar, em 2013, nós recuperamos a imagem em 100%. O Barcelona possui 0% da sua imagem.”

A diferença de interpretação acontece pela falta de entendimento entre as mudanças entre direito de arena e direito de imagem. O direito de arena entra no contrato do jogador, para que sua imagem não seja usada sem autorização, e é vinculado ao campo de futebol. O direito de imagem é pessoal e de decisão do jogador, que pode não cedê-lo ao clube.

A comissão demonstrou a intenção de realizar diligência nos Estados Unidos, onde estão presos o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, e o empresário José Hawilla, envolvidos em esquemas de corrupção da Fifa.

(Com Gazeta Press)

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