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Coronavírus: GP do Brasil de Fórmula 1 de 2020 será cancelado

Principal categoria do automobilismo mundial deve excluir as três corridas do continente americano; anúncio oficial deve acontecer até a próxima semana

Com quase quatro meses de atraso, a temporada de 2020 da Fórmula 1 foi finalmente iniciada no último fim de semana, com vitória de Valteri Bottas, da Mercedes, no GP da Áustria, sem a presença de público no circuito de Spielberg. Já se sabe que o calendário da categoria no ano da pandemia de coronavírus foi amplamente modificado. E VEJA apurou que o Grande Prêmio do Brasil, em São Paulo, estará entre os cortados, assim como as outras corridas na América do Norte (Canadá, México e Estados Unidos).

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Fontes ligadas ao grupo americano Liberty Media, que controla a principal categoria do automobilismo mundial, confirmaram que a corrida no circuito de Interlagos deve ser excluída da temporada pela primeira vez em 30 anos. Na semana passada, o chefe da Mercedes, Toto Wolff, já havia dado sinais neste sentido, citando o fato de Estados Unidos e Brasil serem os países mais afetados pela pandemia de Covid-19, ainda com números de infecções altíssimas.

“Olhando para esses países agora, você não pode imaginar que iríamos para lá. Baseado em minhas conversas com Chase Carey (CEO da Fórmula 1), ele não quer fechar nenhuma porta, mas não parece que iremos para lá. Eles são muito cuidadosos e não iriam lá se isso representasse um risco para nós”, afirmou Wolf, em entrevista à BBC.

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Os motivos também seriam logístico-financeiros: para valer a pena, as provas do continente americano deveriam render à Fórmula 1 entre 20 e 25 milhões de dólares. Sem a possibilidade de receber público nas corridas, as fontes de receita da categoria cairiam drasticamente. Para piorar, segundo o atual contrato com a Fórmula 1, o GP Brasil não rende um centavo sequer à Liberty – não existe um pagamento de “taxa de realização” e toda receita oriunda dos camarotes e arquibancadas ficam com os organizadores do evento paulista.

As provas em Austin, no Texas, na Cidade do México, e em São Paulo, estavam previstas para 25 de outubro, 1º de novembro e 15 de novembro, respectivamente, mas não estão confirmadas até o momento no novo calendário da temporada – que tem apenas oito corridas, todas na Europa, confirmadas. Ainda nesta semana, a F1 deve divulgar datas para mais duas etapas no continente, em Mugello, na Itália, e Sochi, na Rússia. O restante do calendário deverá ser divulgado de acordo com a evolução da pandemia.

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Sete etapas já foram canceladas (Austrália, Azerbaijão, França, Holanda, Japão, Mônaco e Singapura) e outras quatro adiadas (Barein, Vietnã, China e Canadá). A organização já avisou que pretende organizar de 15 a 18 provas, bem menos que as 22 marcadas inicialmente. Além dos GPs do Brasil e dos EUA, a corrida no México, previsto para 1º de novembro, e a no Canadá, que deveria ter ocorrido em 14 de junho, mas foi adiada, também correm sério risco de ficar de fora.

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A VEJA, a organização do GP do Brasil diz que ainda não foi informada sobre o cancelamento. “Estamos acompanhando a notícia. Do nosso lado seguimos trabalhando e enviamos à FOM uma solicitação da alteração da nossa data do dia 15 para o dia 8, para não coincidir com as eleições municipais. Essa é a nossa última posição.”

Na semana passada, após conversas com o prefeito Bruno Covas, o governador de São Paulo, Joao Doria, afirmou que São Paulo teria condições sanitárias pra receber o evento em novembro, sem especificar se haveria ou não torcida em Interlagos.

As provas confirmadas até o momento:

GP da Áustria (Spielberg): 5 de julho
GP da Estíria (Spielberg): 12 de julho
GP da Hungria (Hungaroring): 19 de julho
GP da Inglaterra (Silverstone): 2 de agosto
GP dos 70 Anos (Silverstone): 9 de agosto
GP da Espanha (Catalunha): 16 de agosto
GP da Bélgica (Spa): 30 de agosto
GP da Itália (Monza): 6 de setembro

 

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