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Com rivalidade centenária, Palmeiras e Corinthians decidem o Paulistão

Final do Campeonato Paulista acontece neste domingo a partir das 16h no Allianz Parque, em São Paulo

Por Estadão Conteúdo |
Brasileirão 2017 - Corinthians e Palmeiras

Romero durante o jogo entre Corinthians e Palmeiras realizado na Arena Corinthians, Zona Leste de São Paulo. O Derby é válido pela 32ª rodada do Brasileirão 2017 – 05/11/2017

Reduzido no calendário por ser ano de Copa do Mundo, o Campeonato Paulista termina neste domingo de forma apoteótica. A rivalidade centenária entre Palmeiras e Corinthians resgata a importância do dérbi e faz o título ter mais peso por ser conquistado em cima do maior adversário.

A decisão no estádio Allianz Parque, em São Paulo, a partir das 16 horas, tem o Palmeiras com a vantagem. Depois de vencer o rival por 1 a 0 no jogo de ida, na Arena Corinthians, a equipe precisa de um empate para voltar a ser campeã estadual após 10 anos. Já o Corinthians precisa da vitória. Em caso de diferença mínima, a decisão irá para os pênaltis.

A importância de uma final entre os dois clubes, a primeira neste século, mexeu bastante com as diretorias. Ambas se organizaram para realizar treinos abertos no sábado pela manhã, em uma espécie de queda de braço pela demonstração de poder. O Palmeiras teve a preferência por ter solicitado formalmente a atividade. Restou ao Corinthians transferir o trabalho para sexta-feira à noite.

A busca por se aproximar do torcedor às vésperas do clássico traduz o clima de expectativa na cidade pelo dérbi. Desde 2003, os dois times da capital não se enfrentavam em uma decisão e o último encontro entre Palmeiras e Corinthians em uma final de Paulistão foi em 1999.

O ambiente de ansiedade fez o técnico alviverde, o gaúcho Roger Machado, notar um comportamento diferente da torcida. “A rivalidade tem aumentado, esse dérbi fazia muito tempo que não se disputava em uma final. O peso aumentou. A nossa responsabilidade também”, afirmou. A única alteração para a final deve ser a entrada de Moisés na vaga de Felipe Melo, suspenso após a expulsão na partida de ida. A promessa de Machado é de atacar o rival e não se acomodar com a vantagem.

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O Corinthians usou a semana livre para se preparar e recuperar fisicamente os jogadores. É o caso, por exemplo, de Jadson, que se recuperou de um problema muscular e volta ao time no lugar de Emerson Sheik. O técnico Fábio Carille escolheu Romero para substituir Clayson, suspenso.

Apesar da necessidade de vitória, Carille nega que vá mandar o time todo para o ataque. “Em clássicos assim, decisões, toda vantagem é importante. Mas é o mínimo, um gol de diferente, a gente não pode se atirar, porque se toma um gol é pior. Não tempos que ir lá para desespero”.

Preocupado com a segurança de seus torcedores, o Corinthians não pretende organizar nenhuma celebração caso conquiste o título neste domingo. A ideia é fazer uma festa na partida contra o Fluminense, no domingo que vem, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro, na Arena Corinthians.

Resgate

Outro ponto curioso da decisão é o retorno de tradições. O jogo do título será realizado no local do primeiro encontro entre os rivais, em maio de 1917, que teve vitória do então Palestra Itália por 3 a 0. No antigo estádio mais de 30 dérbis foram realizados até 1940, ano de inauguração do Pacaembu.

A decisão estadual disputada com uma partida na casa corintiana e outra no lar alviverde é uma combinação rara na história. A última vez em que esse roteiro transcorreu foi pelo Paulistão de 1936, com título conquistado pelo Palestra. Foram três jogos no início de 1937. No primeiro, em seu campo, o Palestra venceu por 1 a 0. No Parque São Jorge houve empate sem gols e no terceiro, mais uma vez no Palestra, nova vitória alviverde por 2 a 1.

O Corinthians festejou a conquista do Paulistão de 1954, o do Quarto Centenário da cidade de São Paulo, com empate por 1 a 1, no Pacaembu. No Morumbi, o Palmeiras soma duas conquistas importantes. A de 1974, quando deixou o rival na fila de títulos por 20 anos, e o de 1993, quando saiu do jejum de 17 anos sem taça. O Corinthians só deu o troco em 1995 e repetiu a dose em 1999.

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