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Com Neymar em alta e sem Messi, Brasil e Argentina se enfrentam em Buenos Aires

As duas seleções iniciaram mal as Eliminatórias para a Copa de 2018 e esperam se recuperar no clássico desta quinta, no Monumental de Núñez

Por Da Redação |
Neymar do Brasil disputa lance com Mascherano da Argentina no Estádio Ninho de Pássaro em Pequim, na China

Neymar do Brasil disputa lance com Mascherano da Argentina no Estádio Ninho de Pássaro em Pequim, na China

A história do confronto entre Argentina e Brasil, apontado por muitos como o maior clássico do futebol mundial entre seleções, ganhará um novo capítulo nesta quinta-feira, às 22h (de Brasília), no estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, em duelo válido pela terceira rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa de 2018. O principal astro da festa não estará presente: ainda se recuperando de lesão no joelho, Lionel Messi novamente será desfalque. Cabe então a Neymar, seu inseparável amigo de Barcelona, o papel de protagonista da partida, que pode representar a recuperação ou o surgimento de uma enorme crise para ambas as equipes neste início de caminhada rumo à Rússia.

Tanto brasileiros quanto argentinos não iniciaram bem a competição e seus treinadores já se veem pressionados. O time de Dunga perdeu para o Chile e venceu a Venezuela nas duas primeiras partidas e ocupa o quinto lugar, com três pontos. Já a Argentina de Tata Martino perdeu para o Equador em casa e empatou com o Paraguai em Assunção, o que a deixa apenas na sétima posição, com um ponto.

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Enquanto o Brasil celebra a volta de Neymar, que cumpriu quatro jogos de suspensão relativa à confusão contra a Colômbia na Copa América, a Argentina tem uma série de problemas. Além de Messi, os atacantes Sergio Aguero e Carlos Tevez também se lesionaram e foram cortados. A defesa também perdeu dois titulares, o zagueiro Ezequiel Garay e o lateral-direito Pablo Zabaleta. Martino deu a entender nesta terça-feira que montará o ataque com Ángel Di María, Ezequiel Lavezzi e Gonzalo Higuaín. O armador Javier Pastore, que vem treinando à parte devido a um problema muscular no joelho direito, é dúvida e pode abrir espaço para a entrada de Ever Banega.

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Apesar dos desfalques argentinos, Tata Martino acredita que a equipe de Dunga jogará com cautela no estádio do River Plate. “Acredito que o Brasil vai jogar no contra-ataque. São duas seleções que não começaram bem. A ideia é ganhar e melhorar o rendimento. Nós estaremos à altura da partida, com muita vontade de ganhar.”

Do lado do Brasil, o discurso é de respeito, mesmo com a ausência de Messi. “Eles estão sem o melhor do mundo, mas não deixam de ter jogadores de nível que também podem fazer a diferença, assim como nós também temos”, comentou o zagueiro David Luiz. “Precisamos ter concentração e não menosprezá-los só porque Messi não estará presente. Eles sempre foram muito fortes”, avisou o goleiro Cássio, que corre por fora na disputa por posição com Alisson e Jefferson. Dunga não revelou a escalação, mas é provável que mantenha a base dos últimos jogos, com Luiz Gustavo, Elias, Oscar e Willian no meio e Neymar e Douglas Costa no ataque.

O técnico Tata Martino durante partida contra o Santos VEJA

Neymar – O atacante brasileiro do Barcelona chega para o clássico em seu melhor momento, depois de marcar um gol antológico pela equipe catalã e receber elogios de toda a imprensa europeia. Tanto Dunga quanto Tata Martino, que foi o primeiro treinador de Neymar no Barcelona, em 2013, colocaram o atacante entre os melhores do mundo na atualidade.

“Ele vive um momento de maturidade e chega bem para o Brasil. Dirigi um Neymar muito bom, mas o que ele está fazendo hoje o coloca no nível de Messi e Cristiano Ronaldo, que estão acima de todos os outros”, afirmou Tata. “Se fizermos o ranking por números e estatísticas, o Neymar está mostrando um aproveitamento superior. O Messi se machucou recentemente e o Cristiano Ronaldo é cobrado para que repita o que fez no ano passado. O Neymar vem tendo um crescimento constante desde que chegou ao Barcelona e tem correspondido às expectativas sem o Messi”, disse Dunga.

Outro motivo de confiança para o Brasil é o ótimo retrospecto de Dunga contra os rivais. Contando as duas passagens do técnico, foram quatro vitórias, um empate e apenas uma derrota. O primeiro encontro foi em 2006, em um amistoso em Londres, vencido pelo Brasil por 3 a 0. Em 2007, nova vitória por 3 a 0 na final da Copa América. No ano seguinte, empate sem gols no Mineirão.

Em 2009, sob o comando de Diego Maradona, a Argentina perdeu o clássico por 3 a 1, em Rosário, com show de Kaká e Luis Fabiano pelas Eliminatórias. O último encontro ocorreu em 2014, em Pequim, com vitória da seleção brasileira por 2 a 0, com gols de Diego Tardelli. A única derrota de Dunga aconteceu na Olimpíada de Pequim-2008, por 3 a 0, na semifinal. Depois do duelo no Monumental, a seleção voltará ao Brasil para enfrentar o Peru, na próxima terça-feira, na Arena Fonte Nova, em Salvador.

(da redação)

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