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Chefe de laboratório russo pede demissão após denúncias de doping

Grigory Rodchenkov, acusado de fraudar exames e destruir provas, entregou o cargo nesta quarta-feira após pressão da Wada e da Iaaf.

Por Da Redação |
Competição de atletismo durante os Jogos Pan-Americanos 2015, em Toronto, Canadá

Competição de atletismo durante os Jogos Pan-Americanos 2015, em Toronto, Canadá

O chefe do laboratório de análise antidoping de Moscou, na Rússia, Grigory Rodchenkov, entregou seu cargo nesta quarta-feira, um dia depois de a Agência Mundial Antidoping (Wada) suspender a licença do laboratório, acusado de omitir casos de doping.

Em um comunicado divulgado na segunda-feira, a Wada acusou Rodchenkov de ser peça central de um sistema de dopagem no atletismo russo, sendo responsável, inclusive, pela destruição de provas e análises de vários atletas que testaram positivo nos exames. Richard Pound, presidente do órgão independente da Wada que investiga o caso, revelou que 1.400 exames foram destruídos pelo laboratório russo, apesar dos constantes pedidos para que fossem conservados.

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“O atual diretor do laboratório antidopagem de Moscou, Grigori Rodchenkov, anunciou sua renúncia”, comunicou Natalya Zhelanova, conselheira do Ministro de Esportes russo, Vitaly Mutko, à agência de notícias Interfax. “O ministro aceitou sua renúncia e foi nomeada para seu lugar, María Dikunets”, acrescentou Zhelanova.

O presidente da Associação Internacional de Federações de Atletismo (Iaaf), o britânico Sebastian Coe, deu um prazo para a Federação Russa até o final da semana para se defender das acusações da Wada. Do contrário, a Rússia será suspensa de todas as competições de atletismo, incluindo os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.

“Na terça-feira tive discussões com os presidentes da WADA e da IAAF e posso dizer que não vejo obstáculo insuperável para resolver esta situação”, declarou o ministro do Esporte do país, Vitaly Mutko. “Temos jovens atletas para os quais serão os primeiros Jogos Olímpicos. E para outros serão os quintos Jogos Olímpicos. Os atletas inocentes não deveriam sofrer”, completou.

(com agência AFP)

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