Enquanto José Maria Marin, presidente da CBF, e Marco Polo Del Nero, seu sucessor eleito, acreditam que as vitórias nos últimos amistosos foram o bastante para restaurar a reputação da seleção brasileira depois da tragédia da Copa do Mundo, a pontuação do ranking da Fifa ainda não reflete essa recuperação. Na lista divulgada nesta quinta-feira, o Brasil continua na mesma: é só o sexto colocado, com 1.307 pontos, mais de trezentos atrás da campeã mundial Alemanha. À frente da seleção pentacampeã também estão Argentina, Colômbia, Bélgica e Holanda. Na perseguição ao time de Dunga aparecem França, Uruguai e Portugal, que voltou ao top 10. A seleção terá mais duas chances de pontuar em 2014, nas datas Fifa do mês que vem. A convocação dos jogadores para os amistosos acontece ainda nesta quinta, às 11 horas (de Brasília), na sede da CBF, no Rio de Janeiro.
Desde a última atualização do ranking, o Brasil fez dois jogos, contra Argentina e Japão, e venceu ambos. Como o cálculo dos pontos leva em conta uma série de fatores – como se o jogo é amistoso ou oficial – e inclui todo o retrospecto recente de uma equipe, as vitórias não foram suficientes para fazer a equipe subir. Ganhar posições não será tão fácil, pelo menos até que o Brasil comece a disputar as Eliminatórias da Copa, no segundo semestre de 2015: os amistosos (como os dois últimos jogos deste ano, contra Turquia e Áustria) contam muito menos do que os jogos para valer. Aliás, isso é algo que Marin e Del Nero também deveriam aprender: tanto no ranking da Fifa como na cabeça do torcedor, pouco valem as vitórias em amistosos depois de um fracasso tão retumbante nos jogos que importavam de verdade.