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CBF desiste de sediar Mundial de Clubes (e culpa governo)

Entidade queria receber o evento em 2017 e 2018 – e, com isso, justificar o alto valor investido na construção dos estádios da Copa. CBF diz que faltou apoio

Por Da Redação |
Jogadores do Bayern de Munique comemoram o título de campeão Mundial de Clubes da Fifa 2013

Jogadores do Bayern de Munique comemoram o título de campeão Mundial de Clubes da Fifa 2013

A CBF desistiu de sediar o Mundial de Clubes da Fifa. De acordo com reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, o principal motivo foi a falta de apoio do governo brasileiro para a realização do torneio, que aproveitaria os estádios construídos para a Copa do Mundo de 2014. A entidade pretendia organizar o evento em 2017 e 2018 e, com isso, manter o país no calendário dos grandes eventos internacionais mesmo depois dos Jogos Olímpicos de 2016. No entanto, o presidente eleito da CBF, Marco Polo del Nero, já desistiu do plano. “Está descartado”, revelou o dirigente, que assume o comando da entidade em 2015.

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Em setembro, a Fifa começou a avaliar as candidaturas de diferentes países que gostariam de sediar o evento. Em tese, o dossiê brasileiro poderia levar vantagens por já contar com estádios prontos e modernos, mas Japão e Emirados Árabes Unidos, ambos com amplo apoio de seus governos, apareceram como os favoritos. Del Nero declarou que não foram apresentadas as garantias exigidas pela Fifa, mas, ainda em setembro, o governo brasileiro rejeitou que tenha se negado a apoiar, alegando que jamais foi procurado pela cúpula da CBF para tratar do assunto.

Ao final da Copa do Mundo, em julho, a CBF e o governo já haviam se distanciado e a presidente Dilma Rousseff chegou a ignorar os cartolas brasileiros e criticar abertamente a gestão do futebol brasileiro. Antes da eleição presidencial, em agosto, o atual presidente da CBF, José Maria Marin, declarou que não votaria em Dilma. O projeto da CBF de receber o Mundial de Clubes havia sido lançado em março, como uma forma de justificar os gastos com os estádios e mostrar que eles poderiam ser usados em outro grande evento. Para 2019, a Copa América está garantida no país, o que significaria a realização de três anos seguidos de eventos nos palcos da Copa.

(Com Estadão Conteúdo)

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