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Caso Fifa: Brasil é impedido de cooperar com investigações do FBI

Recurso proíbe o Ministério Público Federal de repassar informações sobre dirigentes ligados à CBF, como Marin, Del Nero e Ricardo Teixeira, aos americanos

Por Da redação |
José Maria Marin, presidente da CBF, e seu vice e presidente da federação paulista, Marco Polo Del Nero. Nome do vice aparece em investigação da Polícia Federal.

José Maria Marin, presidente da CBF, e seu vice e presidente da federação paulista, Marco Polo Del Nero. Nome do vice aparece em investigação da Polícia Federal.

Quase dois anos se passaram desde a deflagração da maior operação contra a corrupção no futebol mundial, que colocou a a Fifa e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no centro de um escândalo, mas até hoje o Brasil não coopera com a Justiça dos Estados Unidos na troca de dados sobre os suspeitos. Um recurso impede o Ministério Público Federal de repassar aos americanos informações solicitadas sobre dirigentes ligados à CBF como José Maria Marin, Marco Polo del Nero e Ricardo Teixeira.

No próximo dia 27, o caso completará dois anos. Dos mais de 40 dirigentes e empresários indiciados pelo desvio de mais de 200 milhões de dólares (622 milhões de reais), apenas cinco dos que estão detidos se recusam a admitir culpa, entre eles José Maria Marin, que vive em Nova York, em prisão domiciliar.

Os investigadores americanos já fecharam acordos de cooperação com quase uma dezena de governos, diversos deles latino-americanos, mas uma decisão judicial no Brasil impediu a cooperação com os Estados Unidos, o que freou iniciativas do Ministério Público de confiscar recursos ou enviar à Justiça americana documentos relativos aos três dirigentes.

Uma juíza no Rio proibiu a troca de informações e determinou que apenas as mais altas instâncias do país poderiam dar sinal verde. O Ministério Público Federal recorreu. Em março, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) deu razão ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e autorizou a cooperação. Mas agora um novo recurso precisará ser julgado, já que a defesa entrou com um agravo. O caso deverá se arrastar por mais alguns meses e uma Corte Especial do STJ decidirá.

(com Estadão Conteúdo)

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