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Campanhas históricas em jogo: PSG e Bayern decidem título da Champions

Com ataque fora de série, o time alemão busca o hexacampeonato, enquanto o clube francês, de melhor defesa, quer realizar o sonho de erguer sua 1ª taça

Por Danilo Monteiro |

Neymar e Lewandowski entram em campo neste domingo na briga pelo título da Champions League –

O Bayern de Munique enfrenta o Paris Saint-Germain neste domingo 23, a partir das 16h (de Brasília), pela final da Liga dos Campeões da Europa. Enquanto a equipe francesa chega à primeira decisão de sua história, o clube alemão entra em campo para tentar levantar sua sexta taça da competição, igualando o Liverpool como terceiro maior campeão europeu. O brasileiro Neymar é uma das atrações da partida no Estádio da Luz, em Lisboa, que terá transmissão do canal a cabo TNT, do Facebook do Esporte Interativo e do aplicativo EI Plus. 

As equipes tiveram as melhores campanhas da primeira fase. O PSG liderou o Grupo A, que tinha o Real Madrid, com cinco vitórias e um empate, totalizando 16 pontos. A equipe do técnico Thomas Tuchel só não está invicta porque perdeu para o Borussia Dortmund, no jogo de ida das oitavas de final, por 2 a 1, mas conseguiu a classificação. Nas quartas, já no formato de jogo único e sem presença de público, em razão da pandemia de coronavírus, o PSG eliminou a Atalanta por 2 a 1, de virada, e o RB Leipzig por 3 a 0.

O Bayern foi além e faz a melhor Champions de sua história, com 100% de aproveitamento. No Grupo B, o clube alemão deixou o Tottenham para trás e venceu as seis partidas, terminando com 18 pontos. O nível foi mantido depois da paralisação, quando a equipe bávara goleou o Chelsea por 7 a 1 no placar agregado das oitavas de final, goleou o Barcelona por 8 a 2 nas quartas e aplicou um 3 a 0 no Lyon na semifinal.

O favoritismo na final, por diversos motivos, é do Bayern de Munique, que faz por merecer o título. São 42 gols marcados pelo clube em apenas 10 jogos, resultando em uma média incrível de 4,2 gols por partida, boa parte deles convertidos pelo atacante Robert Lewandowski, artilheiro do torneio com 15 gols e favorito ao prêmio de melhor do mundo. Além do ataque poderoso e invencibilidade na competição, a equipe bávara chega na final com muito mais experiência do que os adversários. O Bayern ainda tem remanescentes da conquista da Champions de 2013, como o goleiro Manuel Neuer e o atacante Thomas Müller.

Se no Paris Saint-Germain as estrelas estão no ataque, é a defesa, liderada pelo brasileiro Thiago Silva, quem rouba a cena na campanha histórica na Champions. O clube sofreu apenas cinco gols na competição, dois na fase de grupos e dois no mata-mata, totalizando 0,5 gols sofridos por partida. A segurança defensiva não é um empecilho para a produção ofensiva do PSG, que conta com o talento de Kylian Mbappé, Neymar e Ángel Di Maria para a criação de diversas chances de gol.

Neymar e Mbappé: em busca de todos os títulos possíveis pelo PSG na temporada Aurelien Meunier/Getty Images

A temporada do Paris, inclusive, marca a reconstrução de Neymar dentro e fora dos gramados. O incendiário camisa 10 que sofria com lesões, problemas extra-campo e críticas de todos os lados deu lugar a um personagem mais profissional e próximo do torcedor, que foi capaz até mesmo de transformar as redes sociais – antes seu tribunal – em um fã clube. O mais importante é a ascensão de um Neymar focado dentro de campo, que marca, dribla, cria, faz gols e dá assistências, tudo em prol do objetivo de vencer títulos coletivos – e quem sabe beliscar um prêmio de melhor do mundo.

A conclusão de um projeto de uma década do milionário Paris Saint-Germain parece estar próxima, depois de gastos astronômicos em reforços. Apesar do investimento, o clube nunca deu sinais de era questão de tempo ou de detalhes para vencer sua 1ª Champions. A primeira chance de realizar o sonho de vencer o torneio, curiosamente, não tem muito a ver com o dinheiro, mas sim com o comprometimento dos jogadores, que finalmente parecem estar na mesma página dos dirigentes e treinadores. A transformação de Neymar, o entrosamento e habilidade de seus companheiros e, principalmente, o momento de paz depois de anos conturbados, colocaram o PSG a um passo de conquistar a Europa, mas falta combinar com o Bayern, o favorito.

Se Neymar é a esperança do lado do PSG, a equipe alemã aposta no polonês Robert Lewandowski, autor de incríveis 55 gols em 46 jogos, sendo 15 tentos na Liga dos Campeões, da qual é o artilheiro – e busca quebrar o recorde de 17 em uma única edição, que pertence a Cristiano Ronaldo. “Lewa” é hoje o favorito ao prêmio de melhor do mundo da Fifa, mas terá dois concorrentes, Neymar e Kylian Mbappé, pela frente. Promessa de jogo histórico na capital portuguesa.

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