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As conquistas da Chape e de outros ‘pequenos’ na América do Sul

Chapecoense é única equipe fora das grandes a conquistar um título sul-americano oficial. Mas há outros times com boas campanhas

Não só os gigantes do Brasil que alcançam marcas históricas em torneios sul-americanos. Times mais modestos, mesmo com poucas participações, também já tiveram destaque.

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O último clube a conseguir a maior conquista da história desses “pequenos” foi a Chapecoense, campeã da Copa Sul-americana de 2016. Contudo, outros  clubes  alcançaram marcas históricas na América do Sul.

Veja outros exemplos de destaque em competições sul-americanas

COPA LIBERTADORES

GUARANI – 1979 – Semifinalista

O Guarani era o atual campeão brasileiro.  O clube seria forte até o fim dos anos 1990. Ok. Mesmo assim, é um clube do interior do Brasil. E o time de Campinas fez uma bela Libertadores em 1979.  Passou da primeira fase em um grupo com os peruanos Universitario e Alianza Lima, além do Palmeiras, com cinco vitórias e apenas uma derrota, para o Universitario, no Peru.

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Na fase semifinal contra Palestino (Chile) e Olimpia (Paraguai), ficou atrás apenas do time paraguaio que iria para a final contra o Boca Juniors (Argentina) e seria campeão pela primeira fase. Três empates em quatro jogos prejudicaram o Bugre.

Times que surpreenderam na Libertadores - Criciúma
Criciúma foi bem na Libertadores de 1992 Nelson Coelho/Placar/Dedoc

CRICIÚMA – 1992 – Quartas de final

Surpreendente, em um grupo com São Paulo, San José e Bolívar (ambos da Bolívia), o Criciúma foi primeiro colocado com quatro vitórias, um empate e apenas uma derrota, de 4 x 0 para o São Paulo, no Morumbi.

Nas oitavas, passou pelo Sporting Cristal (Peru) com duas vitórias. O adversário nas quartas de final foi novamente o São Paulo, já que equipes do mesmo país teriam que se enfrentar. No Morumbi, derrota por 1 x 0. Na partida de volta, em casa, o empate de 1 x 1 acabou com o sonho dos carvoeiros de chegarem à semifinal do torneio. O São Paulo seria campeão.

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Times que surpreenderam na Libertadores - São Caetano
São Caetano foi vice-campeão da América em 2002 Alexandre Battibugli/Placar/Dedoc

SÃO CAETANO – 2002 – Vice-campeão

Foi a campanha mais surpreendente da história de um pequeno do Brasil até a Chapecoense, faltando pouco para ficar com a taça. Na primeira fase, contra os tradicionais Cobreloa (Chile), Cerro Porteño (Paraguai) e Alianza Lima (Peru), o Azulão ficou em primeiro e avançou para as oitavas de final do torneio.

Nas oitavas, após dois empates em 1 x 1 com a Universidad Católica, o time brasileiro passou nos pênaltis. O mesmo aconteceu nas quartas de final. Após derrota de 1 x 0 no Uruguai, para o Peñarol, o time venceu por 2 x 1 em casa e levou a vaga nos pênaltis. Na semi, contra o América (México), venceu por 2 x 0 em casa e depois arrancou empate em 1 x 1 no México.

Na decisão, contra o Olimpia (Paraguai), venceu o jogo da ida, no Paraguai, por 1 x 0. No jogo da volta, no Pacaembu, saiu na frente, fazendo 1 x 0 no rival. Contudo, o time sofreu a virada e acabou ficando com o vice nos pênaltis.

COPA SUL-AMERICANA

Times que surpreenderam na Sulamericana - Avaí
Avaí passa pelo Emelec, em 2010 Patricio Realpe/LatinContent/Getty Images

AVAÍ – 2010 – Quartas de final

Melhor campanha catarinense ao lado do Criciúma de 1992, até o título da Chapecoense na Sul-americana de 2016. Surpreendeu o Santos na segunda fase (primeira dos brasileiros) daquele ano. Fez 3 x 1 em casa e com derrota de 1 x 0 na casa santista, avançou.

Nas oitavas de final, passou pelo Emelec (Equador), com derrota de 2 x 1 no Equador e vitória de 3 x 1 em Florianópolis. Nas quartas de final fez o mais difícil, mas foi surpreendido. Empatou em Goiânia, no Serra Dourada, em 2 x 2 com o Goiás, mas no jogo de volta, em casa, perdeu do Goiás por 1 x 0, gol de Rafael Moura, e acabou eliminado.

Times que surpreenderam na Sulamericana - Goiás
Goiás foi vice-campeão da Sul-americana em 2010 Juan Mabromata/AFP

GOIÁS – 2010 – Vice-campeão

Foi a melhor participação da história do Centro-Oeste. Na segunda fase (primeira dos brasileiros), empatou em 1 x 1 no Sul com o Grêmio e avançou com vitória de 2 x 0 em sua casa.

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Nas oitavas de final, fez 1 x 0, em casa, contra o Peñarol. No jogo da volta, no Uruguai, foi derrotado por 3 x 2, mas avançou pelo gol fora de casa. Contra o Avaí, a história é conhecida. Empate em casa, por 2 x 2, e vitória por 1 x 0 na cidade de Florianópolis. Na semifinal, contra o favoritíssimo Palmeiras, perdeu por 1 x 0 em Goiânia, mas avançou com vitória por 2 x 1 no Pacaembu, de virada.

Na decisão, contra o Independiente, o Goiás venceu o jogo da ida, no Serra Dourada, por 2 x 0. Na partida de volta, na Argentina, perdeu por 3 x 1 e foi decidir o torneio nos pênaltis. Com derrota de 5 x 3, ficou com o vice.

Times que surpreenderam na Sulamericana - Ponte Preta
Ponte Preta perdeu a final da Sul-americana de 2013 para o Lanús Léo Pinheiro/FuturaPress/VEJA.com

PONTE PRETA – 2013 – Vice-campeã

A Ponte fez uma campanha quase perfeita na Sul-americana daquele ano. Estreou na segunda fase e passou pelo Criciúma logo na primeira fase. Derrotou o rival por 2 x 1 no jogo de ida, em Florianópolis, e garantiu a vaga com empate por 0 x 0 em Campinas.

Nas oitavas, enfrentou o Deportivo Pasto da Colômbia e venceu por 2 x 0, em Campinas. No jogo da volta, perdeu na Colômbia por 1 x 0. Nas quartas, enfrentou o favorito Vélez Sarsfield. Empatou sem gols em Campinas, mas garantiu a vaga em Buenos Aires, com vitória de 2 x 0 sobre o rival argentino.

Na semifinal, enfrentou o atual campeão São Paulo e abriu vantagem logo no jogo da ida. No Morumbi, venceu por 3 x 1. Na partida de volta, em Mogi Mirim, por conta do tamanho do estádio, o empate em 1 x 1 garantiu os campineiros na final. Na decisão, contra o Lanús (Argentina), empate em 1 x 1 no Pacaembu, e derrota por 2 x 0, em Lanús.

CHAPECOENSE – 2016 – campeã

Maior campanha dos clubes pequenos na história das competições sul-americanas. Fez o que Goiás, Ponte Preta, São Caetano e CSA não conseguiram, conquistando o título após chegar à decisão. A forma contudo, foi a mais dolorida possível, envolvendo um acidente aéreo com a equipe que viajava à Colômbia para a final contra o Atlético Nacional. Antes disso, contudo, o time passou por Cuiabá, Independiente (Argentina), Junior Barranquilla (Colômbia) e San Lorenzo (Argentina).

COPA CONMEBOL

SAMPAIO CORRÊA – 1998 – Semifinalista

Foi uma campanha surpreendente da Bolívia querida, que não jogou no país a quem homenageia com suas cores. Na primeira fase enfrentou o América-RN e empatou por 0 x 0 na casa do rival, para depois avançar com vitória de 3 x 1 em São Luís.

Na segunda fase, nas quartas de final, venceu o Deportes Quindío, da Colômbia, por 1 x 0 fora de casa. No Castelão, na partida de volta, uma vitória de 1 x 0 garantiu o time na semifinal do torneio.

Na semi, contra o Santos, empate em 0 x 0 na Vila Belmiro e goleada sofrida, em São Luís, por 5 x 1.

SÃO RAIMUNDO-AM – 1999 – Semifinalista

Melhor campanha da história do Norte do Brasil em competições sul-americanas. Na primeira fase, enfrentou o Atlético Huila, da vizinha Colômbia. Com vitória por 2 x 1, fora de casa, o São Raimundo decidiu a vaga em Manaus e venceu novamente por 2 x 1.

Nas quartas de final, enfrentou o Sport Boys e empatou por 1 x 1 no Peru. No jogo de volta, em Manaus, goleada por 4 x 0. Já na semifinal, diante do CSA-AL, venceu por 1 x 0 em Manaus, mas perdeu por 2 x 1 em Maceió. Nos pênaltis, perdeu para o CSA por 5 x 4 e caiu;

Times que surpreenderam na Conmebol - CSA
CSA foi vice-campeão da Conmebol de 1999, perdendo a decisão para o Talleres Foto/Reprodução

CSA-AL – 1999 – Vice-campeão

Na primeira fase, contra o Vila Nova-GO, venceu o jogo da ida, em Maceió, por 2 x 0. Contudo, uma derrota por 2 x 0 em Goiânia levou o jogo para os pênaltis. Mas o CSA passou, com triunfo de 4 x 3.

Nas quartas de final, enfrentou o Estudiantes de Mérida (Venezuela). Na Venezuela, empate por 0 x 0. No jogo de volta, em Maceió, vitória por 3 x 1 colocou o time na semifinal. Contra o São Raimundo-AM, perdeu por 1 x 0 em Manaus, mas venceu por 2 x 1 no jogo da volta. Nos pênaltis, o CSA venceu por 5 x 4 e avançou.

Na decisão, contra o Talleres de Córdoba (Argentina), o CSA ficou muito perto da taça, mas perdeu. Venceu no Rei Pelé por 4 x 2 no jogo da ida. O jogo estava em 4 x 1 até os 41 do 2° tempo. No jogo da volta, em Córdoba, perdeu por 3 x 0, com o terceiro gol aos 45 do segundo tempo, ficando com o vice.

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