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A dois meses da Copa, um Messi sem brilho ou inspiração

Apático, astro não evitou eliminação do Barcelona na Liga dos Campeões. Seu desempenho, abaixo do normal, preocupa os torcedores da seleção argentina

Por Da Redação |
Na derrota no Vicente Calderón, Messi correu apenas 1,5 km a mais que o goleiro Pinto

Na derrota no Vicente Calderón, Messi correu apenas 1,5 km a mais que o goleiro Pinto

Esta será a terceira Copa do Mundo do atleta de 26 anos – só marcou um gol, em 2006, contra a Sérvia, e foi eliminado duas vezes pela Alemanha nas quartas de final

A eliminação nas quartas de final da Liga dos Campeões proporcionou a Lionel Messi uma sensação praticamente inédita em seus dez anos jogando pelo profissional do Barcelona: com atuações discretíssimas nos dois encontros com o Atlético de Madri, o craque argentino foi apontado como um dos culpados pelo fracasso do time e não escapou de críticas por sua falta de gana em campo – no jogo da volta, correu apenas 6,8 quilômetros, só 1,5 a mais que o goleiro de seu time, Pinto. A má fase, aliada à sequência de problemas físicos na temporada passada, tornou-se uma preocupação não apenas para os fãs do Barça, mas, especialmente, para a torcida argentina, que após vários anos de desconfiança, finalmente parecia convicta de que o gênio de Rosário poderia conduzir a seleção a um tricampeonato mundial em gramados brasileiros.

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Ganhador de quatro bolas de ouro, o craque argentino bateu recordes e mais recordes e foi decisivo em todas as conquistas recentes do clube catalão nos últimos anos – sempre com uma impressionante regularidade. No entanto, os últimos meses da carreira de Messi foram marcados por lesões e atuações bem menos esfuziantes – apesar de sua média de gols seguir bastante alta. Sua última grande apresentação aconteceu justamente no jogo mais aguardado do ano até o momento. Jogando no Santiago Bernabéu, o camisa 10 marcou três vezes (dois de pênalti) na vitória por 4 a 3 do Barça sobre o Real, em 23 de março. A incrível vitória no clássico recolocou o time catalão na disputa pelo título nacional, mas foi acompanhada de uma sequência ruim de seu principal jogador.

De lá para cá, Messi até manteve boa sequência de gols, mas quase todos foram em cobranças de pênalti – na última partida da Liga, marcou de rebote após desperdiçar uma cobrança, na vitória por 3 a 1 sobre o Bétis. No entanto, os 38 gols na temporada (somadas as partidas do Espanhol, Liga dos Campeões e Copa do Rei) mascaram um pouco a mudança no comportamento do camisa 10. Mais enfiado entre os zagueiros no esquema de Tata Martino, Messi diminuiu drasticamente o número de arrancadas e dribles por partida – curiosamente, o lado direito, de onde o argentino costumava iniciar seus belos gols, passou a ser ocupado por Neymar nas últimas partidas. O brasileiro, inclusive, foi um dos poucos que se salvaram de críticas após a eliminação catalã. Com jogadas de efeito, finalizações e arrancadas, a grande aposta da seleção brasileira na Copa foi o jogador mais perigoso do Barça nas partidas contra o Atlético.

Mesmo fora da Liga, Messi ainda terá duas ótimas oportunidades de salvar a temporada antes de desembarcar no Brasil como grande estrela da Copa do Mundo. Na próxima quarta-feira, o Barcelona enfrenta o eterno rival Real Madrid na decisão da Copa do Rei; já na Liga Espanhola, o time segue na perseguição ao Atlético: está com um ponto a menos, a seis rodadas do fim. Na Argentina, o grande receio do técnico Alejandro Sabella é que seu principal jogador volte a sofrer problemas físicos nesta reta final da temporada europeia. Esta será a terceira Copa do Mundo do atleta de 26 anos – só marcou um gol, em 2006, contra a Sérvia, e foi eliminado duas vezes pela Alemanha nas quartas de final.

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