O Chelsea enfrenta uma crise interna que vai além dos resultados em campo. Mesmo com investimentos maciços em reforços, somando mais de R$ 1 bilhão, o clube londrino lida com disputas entre seus proprietários que ameaçam a estabilidade administrativa. Essas tensões são entre o empresário norte-americano Todd Boehly e Behdad Eghbali, sócio-gerente da companhia Clearlake Capital.
Segundo reportagens recentes, a relação entre Boehly e Eghbali tem se deteriorado cada vez mais. As divergências sobre a administração do Chelsea e o futuro do clube são os principais pontos de discórdia. Para entender melhor esse cenário, precisamos detalhar as visões diferentes de cada parte envolvida e como essas diferenças impactam no desempenho dos Blues.
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Conflitos entre os proprietários do Chelsea
Os problemas começaram a se intensificar logo após a aquisição do clube, em 2022. Boehly apostou alto em contratações para construir uma equipe competitiva. No entanto, a quantidade exorbitante de reforços não trouxe o retorno esperado em campo. Como consequência, Boehly se tornou alvo de críticas pelo desempenho abaixo do esperado.
Por outro lado, Behdad Eghbali e a Clearlake Capital têm uma abordagem diferente. Apesar de também investir fortemente nesta janela de contratações, Eghbali destinou recursos significativos para outros setores do clube, como a equipe comercial e a infraestrutura. A ideia é criar uma base sólida que leve o Chelsea de volta ao caminho das vitórias.
A estruturação da administração do Chelsea
Todd Boehly, que foi destituído do cargo de diretor-esportivo em janeiro de 2023, atualmente detém apenas 38,5% das ações do clube, ao lado de seus sócios Hansjorg Wyss e Mark Walter. A intenção de Boehly é retomar o controle e influenciar diretamente nas decisões do Chelsea. No entanto, Behdad Eghbali e a Clearlake Capital não cogitam vender suas ações a qualquer interessado.
Impacto da Falta de Organização no Desempenho
Desde 2022, o Chelsea passou por uma série de mudanças na comissão técnica, com treinadores como Thomas Tuchel, Graham Potter, Mauricio Pocchetino e agora Enzo Maresca. Essas constantes trocas refletem a falta de uma estratégia clara e consistente, prejudicando diretamente o desempenho da equipe em campo.
Além disso, o investimento massivo em jogadores sem um planejamento adequado gerou um elenco inchado e desequilibrado. Para um clube que já gastou mais de 1,3 bilhão de euros (aproximadamente R$ 8,3 bilhões) em reforços, os resultados decepcionantes são um claro indicativo de que só dinheiro não resolve todos os problemas. É preciso investir em planejamento e execução.
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