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Rio tranquiliza Londres: ‘Obras estão no prazo’

Em conferência transmitida na atual e na próxima capital olímpica, prefeito do Rio presta contas sobre os projetos e faz contagem regressiva para os jogos de 2016

Por Pollyane Lima e Silva, do Rio de Janeiro |
Rio 2016: coletiva de imprensa foi transmitida em Londres e no Rio

Rio 2016: coletiva de imprensa foi transmitida em Londres e no Rio

Diante das preocupações do Comitê Olímpico Internacional (COI) e das muitas cobranças, daqui e de lá, o prefeito Eduardo Paes e a presidente da Empresa Olímpica Municipal (EOM), Maria Silvia Bastos Marques, realizaram na manhã desta sexta-feira uma apresentação sobre o andamento do projeto da cidade para 2016 e deram início à contagem regressiva de quatro anos para que o evento tenha início no Rio de Janeiro – marcado para 5 de agosto. Paes e a executiva trazida para tocar as grandes obras dos jogos asseguram: a cidade está “rigorosamente” dentro do prazo. “Todos os projetos comprometidos já tiveram início. Vamos entregar tudo com bastante antecedência”, enfatizou Paes.

A mensagem teve como destinatários principais jornalistas e autoridades reunidas em Londres, numa pausa da badalação dos atletas para dar atenção ao que será o evento esportivo sediado no Brasil. Da capital britânica, a ambição é copiar “a disciplina de planejamento”, destacou o diretor-geral do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, Leonardo Gryner. De lá, uma equipe de 150 pessoas acompanham a evolução do evento no que diz respeito a transporte, saúde e o esporte propriamente dito. “Nosso objetivo é trazer números para entender a demanda que os jogos exigem”, explicou Gryner.

Em vídeo, crianças apresentavam o andamento das obras na cidade, mostrando em fotos como devem ficar os espaços prontos. Mas a estrutura para as competições não preocupa tanto quanto a infraestrutura de transporte e acomodação. Maria Silvia afirma que até 2016 será possível dobrar a capacidade hoteleira na cidade, que hoje é de 20.000 quartos. “Temos 8.000 em construção ou já licenciados, em hotéis de três a cinco estrelas, e mais 9.000 em análise ou consulta. Essa é uma questão que o Comitê Olímpico acompanha de perto”, destacou ela. Para Paes, outros grandes eventos que o Rio vai sediar – como a Jornada Mundial da Juventude e a Copa do Mundo – servirão de teste para aparar as arestas necessárias até a Olimpíada.

Velódromo – Gryner destacou que 47% das instalações necessárias já existem desde os Jogos Pan-americanos de 2007. Mas pelo menos uma dessas obras ainda não é garantia de que poderá ser reaproveitado: o velódromo, cuja demolição chegou a ser cogitada para a construção de um novo – e depois negada. “A simples demolição me parece inaceitável. Agora, técnicos da prefeitura e do comitê organizador se debruçam para viabilizar a utilização do velódromo naquele espaço. Posso afirmar que não vamos demolir em hipótese nenhuma. Vamos tratar de identificar o caminho para que esses recursos públicos gastos possam ser bem uitilizados”, disse Paes, lembrando o investimento de 14 milhões de reais investidos à época.

Muito ainda se repetiu sobre o cumprimento dos prazos. E mais ainda sobre o legado a ser deixado aos brasileiros. “A gente sabe que não pode transformar essa Olimpíada em uma coisa de derruba daqui e elefante branco para acolá. E essa é a preocupação de todos nós aqui no Brasil”, destacou o prefeito, que ainda não divulga os custos previstos para todo o projeto de 2016. “O orçamento depende de muitas variáveis. Só vamos divulgar quando o projeto estiver todo pronto. Não vamos ficar no chutômetro”, limitou-se a falar, enquanto Maria Silvia pensa em um futuro ainda mais distante. “Nossa visão é de que em 2020 o Rio de Janeiro seja a melhor cidade do Hemisfério Sul para se viver, trabalhar e visitar. É com esse norte que trabalhamos.”

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