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Pistorius atirou em namorada no banheiro, diz promotor

Advogado do atleta acusado de homicídio premeditado nega que morte da modelo Reeva Steenkamp, companheira do corredor, tenha sido assassinato

Por Da Redação |
Veja.com

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O promotor sul-africano Gerrie Nel acusou formalmente nesta terça-feira o atleta Oscar Pistorius de “disparar e matar” de forma premeditada “uma mulher inocente e desarmada”, em referência à namorada do corredor, a modelo Reeva Steenkamp, de 30 anos, morta semana passada. O crime, ocorrido na madrugada de quinta-feira, em Pretória, chocou a África do Sul, onde Pistorius é um grande ídolo.

O velocista apresenta-se nesta terça-feira ao Tribunal da Magistratura de Pretória, onde o juiz Desmond Nair decide se o atleta terá direito ou não à liberdade mediante pagamento de fiança. Durante a audiência, a promotoria revelou pela primeira vez detalhes do crime – enquanto ouvia o relato, Pistorius mais uma vez chorou na corte, como já tinha feito na sexta-feira passada.

Segundo o relatório lido pelo promotor Gerrie Nel , há indícios de que o corredor colocou suas próteses para perseguir a namorada e disparou quatro vezes através da porta do banheiro, onde Reeva teria se escondido após uma discussão. Três tiros atingiram a modelo. Consumado o crime, Pistorius teria quebrado a porta do banheiro e levado o corpo da namorada para o andar de baixo da casa.

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O advogado do atleta, Barry Roux, declarou que a promotoria não apresentou “nenhuma prova de que o crime foi premeditado” – ele afirmou que sequer foi crime – e repetiu as alegações de que Pistorius não sabia quem estava atrás da porta e pensou que Reeva fosse um ladrão. Desde o início das investigações, agentes da polícia sul-africana se disseram “surpresos” com os relatos sobre um possível homicídio acidental, sinalizando suspeita em relação a essa versão. Horas antes de ser morta a tiros, Reeva usou seu perfil no Twitter para contar que estava ansiosa pelo Dia dos Namorados (comemorado em 14 de fevereiro em muitos países, entre eles a África do Sul) e sinalizou que preparava uma surpresa para o companheiro.

Doping – Nesta segunda, a polícia afirmou ter encontrado esteroides na casa do atleta. A suspeita é de que uma inusitada e explosiva mistura de doping, bebida e ciúme pode ter provocado a morte da modelo Reeva Steekamp. Depois da descoberta de um taco de críquete ensanguentado (o objeto teria sido usado por Pistorius para golpear a cabeça da namorada), fontes policiais ouvidas pela imprensa sul-africana disseram que as drogas usadas para melhorar o desempenho esportivo de forma ilícita podem ter sido o combustível do ataque de fúria que culminou no assassinato.

Além dos esteroides, a polícia encontrou evidências de abuso de bebidas alcoólicas. O consumo de álcool por alguém que usa esteroides costuma provocar graves desequilíbrios no organismo. Se os anabolizantes usados por Pistorius foram o combustível de sua explosão de raiva, a faísca teria sido uma mensagem de texto enviada a Reeva por François Hougaard, atleta de rúgbi sul-africano e amigo de Pistorius. O que seria uma crise de ciúme comum pode ter virado uma reação descontrolada em função das substâncias ingeridas pelo corredor – que, para completar, era conhecido por ter rompantes de paranoia. Pistorius seria submetido a um exame de sangue para confirmar se realmente fez uso das substâncias na noite do crime. Além disso, as autoridades vão checar o registro de ligações e mensagens de texto do atleta e da namorada.

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(Com agência EFE)

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