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Nigéria: as Super Águias estão prontas para voar

Invicta no ano, seleção africana misturou medalhões e promessas locais para formar uma equipe forte – e livre dos antigos vícios, afirma repórter do jornal ‘The Nation’, de Lagos

Por Lekan Otufodunrin |
A seleção nigeriana comemora o título da Copa Africana de Nações, no início do ano, no Estádio Soccer City, em Johannesburgo. A vitória carimbou o passaporte dos nigerianos para o torneio no Brasil

A seleção nigeriana comemora o título da Copa Africana de Nações, no início do ano, no Estádio Soccer City, em Johannesburgo. A vitória carimbou o passaporte dos nigerianos para o torneio no Brasil

Do outro lado do campo

Campeã da África depois de quase duas décadas, invicta em 2013 e embalada rumo à classificação para a Copa do Mundo de 2014, a Nigéria que chega ao Brasil para a Copa das Confederações está com a confiança em alta. E não é apenas no espírito que as Super Águias estão voando: há muito tempo não se vê uma seleção nigeriana tão forte. A mistura promovida pelo técnico Stephen Keshi entre os jogadores que atuam no exterior e os jovens atletas da liga local deu estrutura à equipe. De quebra, eliminou o comodismo no elenco. Antes, panelas – quase máfias – dominavam o grupo. Hoje, não há vagas automáticas para nenhum atleta. Tanto que o capitão da equipe que venceu a última Copa da África de Nações, Joseph Yobo, do Fenerbahce, eleito o segundo melhor defensor da liga turca, não foi chamado para a Copa das Confederações.

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A Nigéria em 2013

TIME BASE: Enyeama; Kwambe, Omeruo, Oboabona e Echiejile; Obi Mikel, Onazi, Mba e Moses; Uche e Ideye

ADVERSÁRIOS: Taiti (17/6, Belo Horizonte), Uruguai (20/6, Salvador) e Espanha (23/6, Fortaleza)

Outra prova da mudança na mentalidade na seleção é o clamor pela estabilidade do técnico Keshi, depois de tantas demissões no passado. Assim, ainda que o time não consiga uma boa performance na Copa das Confederações, a posição do treinador não deverá estar em risco – mesmo que muitos torcedores tenham reclamado da ausência de jogadores como Osaze Odemwingie, Victor Anichebe e Obafemi Martins. Nesse ponto, não havia mesmo como mudar. É parte da cultura. Sempre há discussão a respeito das escolhas para a seleção, já que isso envolve os 160 milhões de nigerianos. O futebol une o país: cada cidadão é um jogador e técnico ao mesmo tempo. A federação nigeriana colocou como objetivo chegar à semifinal – o que, acredito, seja possível com uma vitória sobre o Taiti e um bom resultado contra o Uruguai. É esse o jogo chave para o time, que não podem pensar em perder esse duelo. Depois disso, falar em vitória na semifinal seria um pouco demais… Mas com essas Super Águias, por que não?

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Até o início da Copa das Confederações, o site de VEJA publicará os depoimentos de jornalistas especializados de todos os outros países participantes da competição – eles falarão sobre o momento de suas seleções e as expectativas para o torneio. Nesta sexta, saiba mais sobre a seleção da Espanha.

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