Após a goleada por 5 a 0 sobre Camarões na estreia dos Jogos Olímpicos, Marta tratou de valorizar o resultado, a despeito da fragilidade do adversário, mas já entrou em campo com o plano de homenagear a meio-campista Elaine, cortada, com uma dancinha na comemoração de um eventual gol, projeto executado com sucesso.
‘A dancinha é de uma música que a Elaine costumava ouvir com a gente. Foi ela que nos ensinou a dançar e fiz em homenagem a ela. Eu já estava com isso na cabeça. Se tivesse a oportunidade de fazer o gol, queria homenageá-la’, declarou Marta, que marcou dois contra as africanas.
O Brasil inaugurou o marcador diante de Camarões sem grandes dificuldades e rapidamente abriu dois gols de vantagem. Apesar de golear sem correr riscos e do status inexpressivo do adversário africano no contexto internacional, a camisa 10 tratou de valorizar o triunfo.
‘Não vencemos pelo fato de Camarões não ser um time forte. Elas são muito rápidas. O que prevaleceu foi a vontade da equipe, o posicionamento e as oportunidades convertidas em gols. Mas nunca saímos satisfeitas. Temos que melhorar cada vez mais para progredir na competição’, afirmou.
Já o experiente, o técnico Jorge Barcellos, comandante na conquista da prata nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008, considera a estreia uma partida especial. Para a sequência da competição, o comandante brasileiro prevê que as jogadas de bola parada serão decisivas.
‘A primeira partida é um pouco complicada. Você treina por um bom tempo de um jeito e na hora do jogo é diferente, com alguns novos componentes, como a emoção. Algumas coisas acabam não acontecendo. Ontem, treinamos bola parara por duas horas. Isso vai ser um diferencial’, apostou.