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Justiça permite que Oscar Pistorius viaje para fora do país

Atleta já vivia em liberdade condicional, mas seu passaporte estava recolhido

Por Da Redação |
O velocista sul-africano Oscar Pistorius, acusado de 'homicídio premeditado', num tribunal de Pretoria

O velocista sul-africano Oscar Pistorius, acusado de ‘homicídio premeditado’, num tribunal de Pretoria

O atleta sul-africano Oscar Pistorius, acusado de assassinar a namorada, a modelo Reeva Steenkamp, terá permissão para viajar para fora do país. “Não encontrei nenhum motivo pelo qual ele deva ser proibido de sair do país para competir no exterior”, afirmou o juiz Bert Bam, ao analisar recurso nesta quinta-feira. “É um atleta profissional. Precisa de seu passaporte para competir.” Pistorius não compareceu à audiência.

Após pagamento de fiança de um milhão de rands (aproximadamente 200.000 reais), Pistorius foi posto pela Alta Corte de Pretória em liberdade condicional na semana passada. Mas há um mês, ele teve o passaporte recolhido e estava proibido de voltar ao local onde morava (a cena do crime) e de conversar com antigos vizinhos (que são testemunhas do caso). Além disso, precisava passar por testes de uso de drogas e álcool periodicamente, supervisão a que Pistorius também tenta pôr fim.

A promotoria insiste na versão de que Pistorius é culpado de assassinato premeditado, enquanto a defesa sustenta que o velocista atirou na namorada através da porta fechada do banheiro pensando que fosse um ladrão. A audiência para decidir se ele teria direito a liberdade mediante pagamento de fiança se estendeu por cinco dias. Não há previsão sobre a data do julgamento. Para o promotor Gerrie Nel, é muito provável que o astro sul-africano receba uma pena longa pelo crime, do qual ele se diz inocente.

Condicional – Na sexta passada, o juiz responsável pelo caso de Pistorius autorizou que ele aguardasse o julgamento em liberdade com base no fato de que o corredor é muito conhecido e, portanto, não seria capaz de fugir do país. O magistrado, Desmond Nair, aceitou os argumentos do advogado do atleta, Barry Roux, e rejeitou a tese da promotoria, que temia que Pistorius escapasse antes de responder pela morte da namorada.

O promotor Gerrie Nel afirmava que a fama de Pistorius, em vez de atrapalhar, pode até ajudar numa possível fuga, já que ele tem muitos contatos em diferentes partes do mundo – o atleta costuma passar alguns meses do ano numa casa na Itália, por exemplo. O advogado de defesa usou a deficiência física de seu cliente, que tem as duas pernas amputadas e corre com duas próteses, para reforçar a tese de que Pistorius não tentaria escapar.

Irmão – Em um caso não relacionado, o irmão do atleta, Carl Pistorius, se apresentou a um tribunal na quarta-feira para responder a uma acusação de homicídio. Ele teria provocado o atropelamento de uma ciclista de 36 anos em 2008, mas alega ser inocente.

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