De Kaká a Neymar, lacuna entre gerações atrapalha Brasil
Na hora de escolher seus craques, Felipão teve de escolher entre veteranos e muito jovens – não há opções na idade em que o atleta costuma chegar ao auge
1/46 Neymar chega ao hotel da seleção para o início dos preparativos para a Copa das Confederações (Mowa/Divulgação/VEJA/VEJA)
2/46 Lucas desembarca no Rio para o início dos preparativos para a Copa das Confederações (Mowa/Divulgação/VEJA/VEJA)
3/46 David Luiz se apresenta à seleção antes da Copa das Confederações (Mowa/Divulgação/VEJA/VEJA)
4/46 Oscar se apresenta à seleção para a disputa da Copa das Confederações (Mowa/Divulgação/VEJA/VEJA)
5/46 O técnico Luiz Felipe Scolari convoca a seleção para a Copa das Confederações (Sergio Moraes/Reuters/VEJA/VEJA)
6/46 Felipão anuncia seleção para Copa das Confederações (Maurício Val/VIPCOMM/VEJA/VEJA)
7/46 Coletiva de imprensa da Seleção Brasileira de Futebol (VIPCOMM/VEJA/VEJA)
8/46 Felipão e Parreira visitam a Escola de Educação Física do Exército, na Urca, no Rio, onde a seleção treinará antes da Copa das Confederações (Rafael Ribeiro/CBF/Divulgação/VEJA/VEJA)
9/46 Felipão e Parreira visitam a Escola de Educação Física do Exército, na Urca, no Rio, onde a seleção treinará antes da Copa das Confederações (Rafael Ribeiro/CBF/Divulgação/VEJA/VEJA)
10/46 Felipão e Parreira visitam a Escola de Educação Física do Exército, na Urca, no Rio, onde a seleção treinará antes da Copa das Confederações (Rafael Ribeiro/CBF/Divulgação/VEJA/VEJA)
11/46 Felipão orienta os jogadores durante amistoso da seleção brasileira contra a Bolívia, em Santa Cruz de La Sierra (Mowa Press/VEJA/VEJA)
12/46 Luiz Felipe Scolari técnico da seleção durante o amistoso entre Brasil e Rússia em Londres (Julian Finney/Getty Images/VEJA/VEJA)
13/46 Jogadores brasileiros comemoram o gol de empate no amistoso contra a Rússia (Ian Kington/AFP/VEJA/VEJA)
14/46 Jogador russo e Oscar disputam a bola, no amistoso entre Brasil e Rússia em Londres (Andrew Winning/Reuters/VEJA/VEJA)
15/46 Neymar domina a bola no amistoso entre Brasil e Rússia em Londres (Andrew Winning/Reuters/VEJA/VEJA)
16/46 luiz felipe scolari durante a última coletiva antes da partida contra a Rússia em Londres (Paul Hackett/Reuters/VEJA/VEJA)
17/46 luiz felipe scolari durante a última coletiva antes da partida contra a Rússia em Londres (Glyn Kirk/AFP/VEJA/VEJA)
18/46 No único treino do Brasil em Londres, o técnico Luiz Felipe Scolari comandou uma atividade em campo reduzido na tarde deste domingo (24) no Stamford Bridge<br> <br> <br> <br> <br> (Paul Hackett/Reuters/VEJA/VEJA)
19/46 Luis Felipe Scolari durante o amistoso entre Brasil e Itália em Genebra<br> (Fabrice Coffrini/AFP/VEJA/VEJA)
20/46 Oscar durante o amistoso entre Brasil e Itália em Genebra (Fabrice Coffrini/AFP/VEJA/VEJA)
21/46 Neymar disputa a bola no amistoso entre Brasil e Itália (Denis Balibouse/Reuters/VEJA/VEJA)
22/46 Hernanes e Hulk durante treino da seleção brasileira nesta quarta antes do amistoso contra a Itália em Genebra, Suíça (Wander Roberto/Vipcomm/VEJA/VEJA)
23/46 Neymar durante treino da seleção brasileira nesta quarta antes do amistoso contra a Itália em Genebra, Suíça (Wander Roberto/Vipcomm/VEJA/VEJA)
24/46 Zagueiro Thiago Silva durante treino da seleção brasileira nesta quarta antes do amistoso contra a Itália em Genebra, Suíça (Wander Roberto/Vipcomm/VEJA/VEJA)
25/46 Luiz Felipe Scolari comanda primeiro treino da seleção brasileira nesta terça feira (19) em Genebra, Suíca antes do amistoso contra a Itália (Wander Roberto/Vipcomm/VEJA/VEJA)
26/46 Kaká, durante treino da seleção brasileira nesta terça feira (19) em Genebra, Suíca antes do amistoso contra a Itália (Wander Roberto/Vipcomm/VEJA/VEJA)
27/46 Kaká, Neymar e Fred durante primeiro treino da seleção brasileira nesta terça feira (19) em Genebra, Suíca antes do amistoso contra a Itália (Wander Roberto/Vipcomm/VEJA/VEJA)
28/46 Oscar, durante treino da seleção brasileira nesta terça feira (19) em Genebra, Suíca antes do amistoso contra a Itália (Wander Roberto/Vipcomm/VEJA/VEJA)
29/46 Kaká e Neymar no treino da seleção brasileira em Genebra, na Suíça, antes do jogo contra a Itália (Jean-Christophe Bott/AFP/VEJA/VEJA)
30/46 O técnico Luiz Felipe Scolari em entrevista coletiva na véspera de sua reestreia pela seleção, no amistoso contra a Inglaterra, em Wembley (Stefan Wermuth/Reuters/VEJA/VEJA)
31/46 O técnico Luiz Felipe Scolari em entrevista coletiva na véspera de sua reestreia pela seleção, no amistoso contra a Inglaterra, em Wembley (Adrian Dennis/AFP/VEJA/VEJA)
32/46 Filipe Luís, Kaká, Marcelo e Diego Costa chegam ao hotel da seleção em Genebra antes do amistoso contra a Itália (Mowa Press/Divulgação/VEJA/VEJA)
33/46 Luiz Felipe Scolari promove troca no meio campo da seleção: entra Kaká e sai Ronaldinho (Celso Pupo/Fotoarena/VEJA/VEJA)
34/46 O treino da seleção antes do amistoso contra a Inglaterra, reestreia de Felipão como técnico do time (Mowa Press/Divulgação/VEJA/VEJA)
35/46 O treino da seleção antes do amistoso contra a Inglaterra, reestreia de Felipão como técnico do time (Mowa Press/Divulgação/VEJA/VEJA)
36/46 Neymar no treino da seleção antes do amistoso contra a Inglaterra, reestreia de Felipão como técnico do time (Mowa Press/Divulgação/VEJA/VEJA)
37/46 Felipão comanda o primeiro treino da seleção antes do amistoso contra os ingleses, em Londres (Stefan Wermuth/Reuters/VEJA/VEJA)
38/46 O técnico Luiz Felipe Scolari em entrevista coletiva na véspera de sua reestreia pela seleção, no amistoso contra a Inglaterra, em Wembley (Adrian Dennis/AFP/VEJA/VEJA)
39/46 O técnico Luiz Felipe Scolari em entrevista coletiva na véspera de sua reestreia pela seleção, no amistoso contra a Inglaterra, em Wembley (Adrian Dennis/AFP/VEJA/VEJA)
40/46 Carlos Alberto Parreira, Flávio Murtosa e Luiz Felipe Scolari em reunião na sede da CBF (Reprodução/CBF/VEJA/VEJA)
41/46 Luis Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira no sorteio dos grupos da Copa das Confederações (Reuters/VEJA/VEJA)
42/46 O técnico Luiz Felipe Scolari na entrevista coletiva da véspera do sorteio da Copa das Confederações, em São Paulo (Paulo Whitaker/Reuters/VEJA/VEJA)
43/46 Luiz Felipe Scolari, durante sua apresentação como novo técnico da seleção brasileira (Sergio Moraes/Reuters/VEJA/VEJA)
44/46 Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira, durante apresentação da nova comissão técnica da seleção brasileira (Marcelo Sayão/EFE/VEJA/VEJA)
45/46 Luiz Felipe Scolari, Carlos Alberto Parreira e presidente da CBF José Maria Marin, durante apresentação da nova comissão técnica da seleção brasileira (Sergio Moraes/Reuters/VEJA/VEJA)
46/46 Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira, durante apresentação da nova comissão técnica da seleção brasileira (Sergio Moraes/Reuters/VEJA/VEJA)
A geração de jogadores que poderia ser protagonista em 2014 (ou pelo menos dar suporte aos garotos) perdeu espaço. Exemplo claro é um dos ídolos de Neymar, Robinho
Camisa 10 do Brasil na Copa do Mundo de 2010, Kaká terá 32 anos quando o Brasil for estrear na Copa do Mundo de 2014, daqui a pouco mais de um ano. Sem conseguir brilhar nos últimos anos, em meio a contusões e problemas de relacionamento com o técnico José Mourinho no Real Madrid, ele ficou de fora da Copa das Confederações por opção do técnico Luiz Felipe Scolari – que também abriu mão de Ronaldinho Gaúcho, que completa 34 anos em janeiro do ano que vem. Se o cenário não se alterar nesse período, caberá a Neymar, nascido em fevereiro de 1992, e Oscar, de setembro de 1991, a árdua missão de liderar o Brasil na Copa. Entre eles, há uma geração de jogadores que se perdeu pelo caminho, sem conseguir se destacar no futebol internacional. Não há nenhum jogador brasileiro de destaque, por exemplo, nascido em 1987, o mesmo ano em que Lionel Messi veio ao mundo. Durante o Mundial, Messi fará 27 anos – para muitos, a idade em que o jogador começa a chegar no auge, um período de dois ou três anos em que o atleta já tem boa experiência e ainda conta com sua melhor forma física.
O melhor jogador do mundo nos últimos quatro anos vai para sua terceira Copa em 2014, depois de ser um reserva com pouca participação em 2006, e de falhar na tentativa de comandar o desconjuntado time de Diego Maradona em 2010 – terminou o Mundial sem marcar gols e com pouco a fazer diante do massacre por 4 a 0 sofrido diante da Alemanha, nas quartas de final na África do Sul. Agora, terá a chance de chegar amadurecido à competição – uma vantagem que Neymar não teve, desprezado que foi por Dunga em 2010. Oscar, então, nem sequer era titular de seu time à época, o Internacional. Nesse período, uma geração de jogadores que poderia ser protagonista em 2014 (ou pelo menos dar suporte aos garotos) perdeu espaço. Exemplo claro é um dos ídolos de Neymar: Robinho, nascido em 1984, ajudou o então garoto a se firmar como ídolo do Santos em 2010, mas, depois de ser titular absoluto nos primeiros tempos de Mano Menezes na seleção, foi sumindo das convocações, ao mesmo tempo em que começava a amargar a reserva no Milan. Outro “sumido” é Diego, nascido em 1985, e que nunca mostrou o brilho prometido no Santos campeão brasileiro de 2002.
Entre eles, há um vácuo de jogadores, principalmente entre os que têm a idade de Messi. O melhor do mundo mal havia completado 18 anos quando liderou a Argentina na conquista do Mundial Sub-20 de 2005, na Holanda sendo o artilheiro e o melhor jogador, e marcando um dos gols na vitória sobre o Brasil por 2 a 1, nas semifinais – e o Brasil tinha no time jogadores mais velhos, nascidos em 1985, como Rafael Sóbis e Diego Tardelli. No Mundial Sub-20 seguinte, o Brasil lançou alguns jogadores da mesma idade de Messi e um pouco mais jovens – alguns deles convocados por Scolari para a Copa das Confederações, como o zagueiro David Luiz e o lateral-esquerdo Marcelo. O time, porém, foi mal e caiu nas oitavas de final, diante de Gana. Depois vieram jogadores mais jovens, como Anderson, Carlos Eduardo e Renato Augusto – mas nenhum deles até hoje fez por merecer uma chance maior na seleção brasileira.
O Brasil só voltou a conquistar o Mundial Sub-20 em 2011, liderado justamente pelo camisa 10 na Copa das Confederações: Oscar, autor dos três gols na vitória por 3 a 2 sobre Portugal, na decisão. Neymar não jogou a competição, porque já estava com o time principal na Copa América da Argentina. Alguém pode até dizer: “Pelé, aos 22 anos, era bicampeão do mundo!” Mas, como se sabe, Pelé só teve um. Neymar e Oscar terão de se desdobrar até o ano que vem para carregar o Brasil rumo à conquista do hexa.