Depois de manifestar indignação na última quarta-feira à noite em seu perfil no Twitter, na qual denunciou atos racistas da torcida do Real Madrid em relação a ele durante o clássico com o Barcelona, no Santiago Bernabéu, pela semifinal da Copa do Rei, o lateral-direito Daniel Alves voltou a lamentar o comportamento de alguns seguidores da equipe madrilenha nesta quinta. Ele reclamou de forma veemente e admitiu que sofre com o racismo há uma década na Espanha, fato que agora o fez apontar o problema como uma “guerra perdida” na Espanha enquanto não forem aplicadas punições mais severas aos clubes envolvidos.
“Sei que estão lutando contra isso, mas segue acontecendo este tipo de referências racistas. Na minha opinião, é uma guerra perdida. Faz dez anos que estou na Espanha e isso acontece desde o primeiro dia. Deveriam tomar medidas drásticas. Por exemplo, punir o clube com mais dureza, não com 1.000 ou 2.000 euros. É preciso ir um pouco mais além. Às vezes temos de buscar exemplos e na Inglaterra isso não acontece e, quando ocorre, as punições são exemplares”.
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Daniel Alves fez questão de ressaltar, porém, que não foi vítima de racismo apenas por parte da torcida do Real Madrid ao longo dos últimos dez anos, mas sim em todos os estádios que jogou como visitante na Espanha. Antes de atuar pelo Barcelona, ele defendeu o Sevilla. E a indignação do brasileiro não se restringiu aos atos racistas na última quarta. Para ele, a arbitragem também ajudou os jogadores do Real, entre eles Cristiano Ronaldo, no clássico que terminou empatado por 1 a 1 na última quarta. O atleta acusou o juiz de não punir duras entradas dos adversários com o rigor necessário.
(Com Estadão Conteúdo)