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Crucificado, Maurício desabafa: Dão chance ao Obina, mas não a mim

O retorno de Obina ao Palmeiras contrasta com o esquecimento no clube do zagueiro Maurício Nascimento.

Por Da Redação |
Tiago Real e Obina comemoram o segundo gol do Palmeiras na vitória por 3 a 1 sobre o Milionarios da Colômbia, em jogo válido pelas oitavas de final da Copa Sul-americana

Tiago Real e Obina comemoram o segundo gol do Palmeiras na vitória por 3 a 1 sobre o Milionarios da Colômbia, em jogo válido pelas oitavas de final da Copa Sul-americana

O retorno de Obina ao Palmeiras contrasta com o esquecimento no clube do zagueiro Maurício Nascimento. Os dois brigaram em campo no Brasileirão de 2009, quando ambos defendiam o Verdão, e foram afastados pela diretoria da época. O perdão ao atacante é visto de longe pelo defensor, que atua pelo Joinville, ainda tem contrato no Palestra Itália e se mostra chateado por nunca mais ter recebido uma oportunidade.

‘Estou bem chateado, porque não foram corretos comigo. Nós dois fomos crucificados naquela época. Agora, estão dando uma nova oportunidade a ele, mas nunca deram para mim. Ganhei tudo na base e sempre trouxe felicidade para o clube, mas nunca reconheceram isso’, desabafou o defensor, em contato por telefone com a reportagem da Gazeta Esportiva.Net.

A briga aconteceu no dia 18 de novembro de 2009, na saída para o intervalo da partida contra o Grêmio. O Palmeiras perdia por 1 a 0, no estádio Olímpico, e uma discussão por erro de posicionamento virou briga, com um soco desferido pelo atacante no zagueiro. O árbitro expulsou os dois, e o Verdão perdeu o confronto, praticamente dando adeus à chance de título no Brasileirão.Ainda nos vestiários do estádio em Porto Alegre, a diretoria anunciou que Obina seria devolvido ao Flamengo, enquanto Maurício seria afastado do elenco. Apesar de a briga ter acabado com sua passagem pelo Verdão, o defensor explica que não guarda qualquer mágoa do ex-colega de clube.

‘O Obina é meu amigão, gente boa para caramba. Nós nos falamos bastante depois daquilo, inclusive quando ele estava na China, pela internet. Foi resolvido no mesmo dia e acho que ele tem muito a somar agora ao clube. Só fiquei muito chateado com a diretoria, porque não me deu uma nova chance. Sem querer desrespeitar os companheiros, acho que poderia ter sido aproveitado’, afirmou.

Com contrato até dezembro de 2012 no Palmeiras, Maurício se diz feliz no Joinville, mas explica que ainda pode atuar também por outra equipe na Série A deste Brasileirão. O que o jogador deixa claro é o desejo de não renovar o vínculo com o clube paulista.

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‘Fiquei lá no começo do ano treinando, mas não me aproveitaram. O Felipão não me deu uma chance, nem mesmo em jogo-treino. Para mim, mesmo se eles quiserem, não interessa (renovar) se for para voltar naquela situação em que estava’, avisou.

Depois da briga em 2009, Maurício foi emprestado a Grêmio, Portuguesa e Vitória, antes de chegar nesta temporada ao Joinville para a disputa da Série B do Campeonato Brasileiro.

‘Joguei bem no Grêmio e fui campeão gaúcho, só saí por problemas familiares. Na Portuguesa, fui muito bem também. No ano passado, dos 38 jogos do Vitória, participei de 30. Pelo Joinville, só não joguei duas partidas, uma por terceiro amarelo e outra por ter torcido o tornozelo’, comentou.

Satisfeito pelas passagens pelas outras equipes, o zagueiro ainda demonstra a preocupação em afirmar que não tem um perfil violento. ‘Tinha 19 anos, era um garoto inexperiente e estou mais calmo agora, não que eu fosse agressivo. Se alguém me ofender, procuro ouvir e relevar. Antigamente, era explosivo e queria mostrar que estava certo. Mas nunca fui agressivo e tenho até receio de acharem que sou maloqueiro, porque sou supertranquilo’, encerrou.

Enquanto Maurício tenta dar sequência à carreira longe do Palmeiras, Obina será apresentado oficialmente pelo clube nesta terça-feira, ao meio-dia, na Academia de Futebol.

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