Os clubes de futebol da Espanha devem 670 milhões de euros (aproximadamente 1,77 bilhão de reais) ao fisco local, informou nesta quinta-feira o presidente do Conselho Superior de Esportes do país, Miguel Cardenal – no ano passado eram 750 milhões de euros (1,98 bilhão de reais). O dirigente recomenda uma série de medidas para resolver o problema – entre elas, a negociação coletiva dos direitos de TV pelos clubes, o que não acontece no país há alguns anos. Os gigantes Real Madrid e Barcelona, segundo a revista Forbes, o primeiro e o terceiro clube mais valiosos do mundo, respectivamente, têm acordos individuais que lhes permite receber quase o triplo do valor que é pago ao Atlético de Madri, outro dos grandes da Espanha. Vários clubes do país estão em crise declarada – o Málaga inclusive foi banido das competições europeias na próxima temporada pela Uefa, por quebrar as regras de fair play financeiro.
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Cardenal defendeu a criação de uma nova lei que obrigue a venda coletiva em vez da individual. “A ideia é que a nova lei incorpore a venda conjunta e que se venda como só um pacote, que inclui todas as equipes. Os clubes têm de decidir a divisão, é uma das chaves dessa comercialização.” Na maioria das principais ligas europeias, essa negociação é coletiva, enquanto o Brasil seguiu a receita espanhola e adotou, nos últimos anos, a negociação individual, que colocou Corinthians e Flamengo no topo entre os clubes que mais recebem dinheiro da televisão.
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(Com Estadão Conteúdo)