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Aldo quer que governo passe a ter influência sobre a CBF

Ministro do Esporte, que participou de debate no Senado, quer que o poder público possa atuar como ‘mediador’ em casos envolvendo a confederação

Por Gabriel Castro, de Brasília |
Marin e Aldo: a relação azedou depois que gravações divulgadas na internet mostraram o presidente da CBF criticando o ministro do Esporte; o cartola diz que são 'montagens' e nega ter atacado Aldo

Marin e Aldo: a relação azedou depois que gravações divulgadas na internet mostraram o presidente da CBF criticando o ministro do Esporte; o cartola diz que são ‘montagens’ e nega ter atacado Aldo

“Acho que o esporte guarda grande interesse público nacional. Portanto, o estado não deve escolher presidente de federação ou confederação, mas deve ter um poder mediador”, disse o ministro

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, defendeu nesta terça-feira que o governo passe a ter o poder de interferir na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) – entidade que é privada mas frequentemente se beneficia de recursos públicos. O ministro participou de uma audiência pública sobre a Copa do Mundo de 2014 na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado. Hoje, a confederação é gerida de forma privada, e tem seus dirigentes eleitos por representantes das federações estaduais – por sua vez, eleitos pelos clubes de futebol. Indagado pelo senador Alvaro Dias (PSDB-PR) sobre a postura do governo a respeito da permanência de José Maria Marin na presidência da CBF, Aldo afirmou que o Executivo não pode interferir no assunto, mas disse que gostaria que o poder público tivesse poder sobre as decisões da confederação.

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“Creio que que a Copa do Mundo seja hoje, no Brasil, o principal alvo da fiscalização dos órgãos de controle”, garantiu Aldo, que ainda afirmou estar confiante na capacidade da infraestrutura do país durante o evento. Para o ministro, a inauguração de novas usinas hidrelétricas, como as de Jirau e Belo Monte, será suficiente para impedir problemas de abastecimento durante a Copa das Confederações, já neste ano, e o Mundial de 2014. Na avaliação dele, essas usinas “ajudarão o Brasil a reduzir os riscos decorrentes da exigência do fornecimento de eletricidade”. O ministro do Esporte afirmou ainda que discorda de quem aponta o risco de criação de “elefantes brancos” no país depois da Copa. “É controversa a ideia de que os novos estádios não se financiarão”, argumentou. Ele citou o exemplo da Arena Pernambuco, que será rodeada por um complexo comercial e residencial.

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