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Libertadores: Conmebol mantém final com público, mas presidente da CBF faz alerta

Segundo Ednaldo Rodrigues, manutenção da final às 17h de sábado, com torcida, no Maracanã, dependerá da união dos torcedores de Fluminense e Boca Juniors

Ao final da reunião emergencial convocada pela Conmebol nesta sexta-feira, 3, para tratar da segurança da final da Libertadores após os recentes episódios de violência envolvendo torcedores de Fluminense e Boca Juniors, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Ednaldo Rodrigues fez uma alerta. A final está mantida, com público e segurança reforçada. no Maracanã, às 17h de sábado, 4, mas segundo Ednaldo, a decisão pode mudar caso novos confrontos aconteçam.

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A entidade convocou representantes da CBF, da AFA e dos dois clubes para o encontro, em um hotel na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro. Questionado sobre o risco de o jogo ser realizado com portões fechados ou até mesmo ser adiado, Ednaldo jogou a responsabilidade para os fãs de Fluminense e Boca Juniors.

“Vai depender dos torcedores. A partir de agora, os torcedores tem que se unir em torno do paz porque a segurança está acima de tudo. Se por acaso não tiver essa paz, é lógico que pode ter a possibilidade de ser sem público”, disse, em entrevista SporTV. “Vai ser com público, às 17h, e esperamos que essa paz solicitada possa reinar antes, durante e depois da partida para que não possa trazer nenhum tipo de consequência para que possam pensar de outra forma.”

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O presidente da CBF disse que a reunião teve o objetivo de “pregar a paz”. “Futebol é alegria. Aqueles que estão sem esse propósito é melhor não ir para o jogo. Assista pela TV. Vamos com os espíritos desarmados de qualquer tipo de violência e que possa conviver bem as duas torcidas. Tanto o presidente do Fluminense quanto do Boca Juniors, quanto da AFA e da Conmebol, pregam paz. A CBF também quer paz nos estádios.”

Mais tarde, a Conmebol emitiu uma nota oficial informando que a segurança do evento foi reforçada. O presidente Alejandro Domínguez informou que “a entidade mantém contato permanente com as autoridades municipais e estaduais” e que “foram revisados ​​o mecanismo de entrada dos torcedores no estádio, as áreas atribuídas a cada clube e os planos e perímetro implantados no entorno do Maracanã”.

“Sendo dois clubes com enorme influência popular, é fundamental tomar precauções extremas para evitar transbordamentos e minimizar ao máximo o contato entre torcedores”, informou o dirigente paraguaio. Por fim, a nota lembra que “tanto o Boca Juniors quanto o Fluminense assumiram o compromisso de promover campanhas e ações contra a violência e o racismo dentro de suas respectivas torcidas.”

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À PLACAR, a Conmebol confirmou por sua assessoria haver temor em torno da segurança: “hoje há um foco bem claro que é a segurança, logicamente, por tudo o que aconteceu. A todos preocupa essa situação, queremos que haja segurança”, disse à reportagem. O volante André pediu consciência e classificou como “bobas” as brigas entre torcedores de Boca Juniors e do clube carioca registradas nos últimos dias no Rio de Janeiro.

“Muito triste o que está acontecendo. Nós, jogadores, vendo daqui, esperamos que as torcidas possam parar com essas brigas. Coisa boba. Acho que todos têm que ter consciência de viver esse momento. As torcidas têm que torcer, festejar, aproveitar essas últimas horas antes da grande final. Cada um torcer pelo seu time. Quando parte para a violência, deixa muito triste. Que eles possam ter consciência e só torcer”, afirmou o jogador, em entrevista coletiva concedita no CT Carlos Castilho, pouco antes da atividade desta sexta-feira, 3.

Na última quinta, 2, uma nova confusão tomou conta da praia de Copacabana, na zona zul do Rio de Janeiro, assustando banhistas e pessoas que estavam próximas a faixa de areia.

O tumulto de quinta foi registrado próximo a Fan Zone promovida pela Conmebol, no posto 2. A Polícia Militar precisou intervir com balas de borracha e gás lacrimogêneo para dispersar os envolvidos. Três torcedores foram conduzidos à delegacia.

Procurada pela reportagem, a PM do estado disse que de imediato agentes realizaram um cerco na área, controlando dois homens, turistas argentinos, e um terceiro envolvido, um brasileiro, e conduzindo os três ao 12º Departamento de Polícia, localizado em Copacabana.

Na nota, a Secretaria de Estado da Polícia Militar destaca que o local recebe atenção especial com a presença de agentes do batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidão (Recom), do Choque, além de fazer patrulhamento com aeronaves.

“Toda a orla segue sendo monitorada para garantir a segurança de moradores e turistas”, diz.

Em um dos vídeos divulgados é possível ouvir diversos gritos de “racista” direcionados ao torcedor argentino. “Vai ‘maricón’. Racista safado”, diz um dos torcedores enquanto o argentino é encaminhado por policiais a viatura. Em outro momento, um dos policiais armado sai carregando uma criança no colo.

Policial com criança no colo durante a confusão - PMERJ/Reprodução
Policial com criança no colo durante a confusão – PMERJ/Reprodução

A presença de torcedores do Boca Juniors só aumenta faltando dois dias para a finalíssima da competição. A Conmebol emitiu um comunicado repudiando os atos ocorridos e repetidos à noite também em Copacabana.

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