RIO DE JANEIRO – Foi cena corriqueira nesta sexta-feira, 3, a livre ação de cambistas vendendo ingressos para a final da Libertadores entre Boca Juniors e Fluminense na praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro. Os valores ofertados variavam entre 3 mil a 10 mil reais.
A Conmebol já não comercializa mais bilhetes para a decisão. O valor mais caro cobrado pela entidade, para a categoria 1, localizada na parte central do campo, custava 1.300 reais.
“Compro e vendo ingressos”, gritavam os cambistas próximos à fan zone instalada no posto 2.
Na quinta-feira, 3, no mesmo local, dois argentinos confessaram ter pago 1000 dólares cada (4954 reais pela cotação atual) para conseguir assitir a decisão no Maracanã. Eles saíram de Chaco e superaram mais de 29 horas de carro.
“Pelo Boca vale qualquer loucura. Percorremos 29 horas de estrada de Chaco (província situada a quae 1000 quilômetros da capital Buenos Aires). Nos revezamos entre quatro pessoas, chegamos na quinta cedo e nem dormimos mais”, conta Sebastián Romero, acompanhado do amigo Denis Gomez.
Além da categoria mais cara, oficialmente havia mais dois setores para acomodar os torcedores: a categoria 2, a 800 reais, e a categoria 3, a mais barata, a 260 reais.
Procurada, a Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que as equipes de Rondas Especiais e Controle de Multidões (Recom) prenderam dois homem, um brasileiro e um boliviano, por prática de cambismo. Eles portavam diversos ingressos, além de certa quantia em dinheiro.
Na nota, a pasta diz que a corporação vem trabalhando em conjunto com a Polícia Civil para identificar os envolvidos e tem intensificado as ações de abordagem nesse sentido.
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