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Fim de 2023 para a seleção: as péssimas estatísticas de Diniz no comando

Treinador estreou em setembro e obteve marcas negativas históricas em seis jogos; contrato não prevê continuidade após amistosos de 2024

A seleção brasileira se despediu da torcida nesta terça-feira, 21, com a mais amarga das derrotas possíveis:  1 a 0 para a Argentina, em pleno Maracanã. A partida marcou o possível último jogo de Eliminatórias do treinador interino Fernando Diniz, que em seis compromissos somou duas vitórias, um empate e três derrotas – e uma série de marcas negativas. Ele deve realizar apenas amistosos em 2024 antes de entregar o cargo ao italiano Carlo Ancelotti na Copa América, segundo informa a CBF.

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Campeão da Libertadores pelo Fluminense, o técnico não conseguiu replicar o bom futebol do Tricolor na equipe canarinho. Assim, após brilhar na estreia, 5 a 1 frágil Bolívia, o time sofreu para vencer o Peru, empatou com a Venezuela e empilhou três derrotas contra Uruguai, Colombia e Argentina.

Apesar das vaias, gritos de “time sem vergonha” e o irônico canto de “olé” quando a Argentina tocava a bola, Diniz destacou lados positivos na última partida, na entrevista coletiva. “Acho que se considerar rivalidade, com a Argentina vindo de um momento de muita confiança e atual campeão mundial, nos com um time muito mexido…Se considerar todas variáveis desse jogo, foi uma das melhores atuações”, analisou (ver mais declarações abaixo).

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Dentre as marcas mais negativas, foi com Diniz que o Brasil perdeu seu primeiro jogo de Eliminatórias em casa (Argentina), o primeiro para a Colômbia e o primeiro para o Uruguai em todas as competições desde 2001.

Em todos os testes contra adversários de maior tradição e qualidade, a seleção esbarrou em uma posse de bola estéril e fragilidade defensiva. Sofreu sete gols e marcou oito (sendo cinco contra a Bolívia), o que ajuda a entender o aproveitamento de 38,8% dos pontos disputados.

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Por outro lado, segundo o site de estatísticas Sofascore, o número de grandes chances a favor foi consideravelmente maior do que o de grandes chances cedidas. Ao todo, foram 16 oportunidades claras do Brasil, sendo 11 desperdiçadas, contra apenas três dos rivais.

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Ainda assim, é preciso pontuar que oito dessas 16 chances foram na goleada sobre a Bolívia. Isso, então, evidencia que o Brasil se demonstrou um time frágil e sem grandes brilho contra adversários mais duros.

Nessas seis partidas, os comandados por Diniz finalizaram 67 vezes e sofreram 55 finalizações. Dessas tentativas, a seleção brasileira acertou a direção do gol em 27 e teve seu goleiro exigido em 19 – o que mostra que o Brasil marca a cada 3,37 chutes e é vazado a cada 2.

Em média, nesses seis jogos, a pentacampeã teve 63,8% de posse de bola, o que, muitas vezes, não correspondeu em domínio absoluto. O time ainda cedeu sete contra-ataques. Confira, abaixo, as estatísticas de Diniz.

Os números da seleção brasileira de Diniz

6 jogos
2 vitórias
1 empate
3 derrotas
38,8% de aproveitamento
8 gols marcados
7 gols sofridos

19 finalizações no gol sofridas
55 finalizações sofridas
27 finalizações no gol
67 finalizações

3 grandes chances cedidas
16 grandes chances (11 perdidas)

63,8% de posse de bola média

7 contra-ataques cedidos

3,37 chutes a gol para marcar
2,71 chutes a gol para sofrer

“A vida não é só estatísticas”

Diniz, de 49 anos, concedeu entrevista coletiva na madrugada de quarta-feira, 22, e defendeu o trabalho realizado. “Em termos de processo para futuro, foi extremamente válida [a data Fifa], inclusive perder para saber o que fazer após derrotas, amadurece o time. Em termos de resultado foi muito ruim. São três jogos seguidos com derrota. Em termos de desempenho, foi oscilante. Em termos de conteúdo tático, nesse sentido foi o melhor jogo [Argentina]. Entregamos com uma perspectiva muito positiva para frente. Vislumbra-se coisas positivas pela frente. A gente vai começar a colher coisas boas”, declarou.

Repetindo o discurso usado em outras ocasiões, inclusive de vitórias, Diniz minimizou a importância dos dados. “A vida você não pode ser de estatísticas. Se for de estatísticas, está tudo muito ruim, mas se você analisar com um processo de mudanças…Tivemos três jogadores hoje que estavam na Copa. O desempenho está oscilando. Às vezes o resultado escapa. Como vamos fazer para ganhar? Deixar de construir, evoluir e deixar de acreditar em um monte desses meninos? Os jogadores se empenharam”, prosseguiu.

“Se formos melhorando, a tendência é de os resultados aparecerem de maneira consistente. A gente tem oscilando. Na minha participação aqui, oscilamos entre bons e maus momentos. Se a gente conseguir aprofundar nossas relações internas, crescer nos trabalhos e treinos, os resultados vão aparecer. Eu acredito na força do trabalho. Se a gente crescer mentalmente, a tendência do Brasil é de evolução”, completou.

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