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Torcedores tentam invadir estádio da final da Copa América e são detidos

Horas antes de a bola rolar para Argentina e Colômbia, grupo sem ingresso tentou forçar entrada e causou enorme tumulto no Hard Rock Stadium; partida foi atrasada em 30 minutos

Por Klaus Richmond e Leandro Quesada, de Miami (EUA) |
Polícia tenta conter tentativa de invasão de torcedores colombianos no Hard Rock Stadium - Juan Mabromata/AFP

Polícia tenta conter tentativa de invasão de torcedores colombianos no Hard Rock Stadium - Juan Mabromata/AFP

Argentina e Colômbia decidem neste domingo, 14, logo mais às 21h (de Brasília), em Miami, o título da Copa América, mas fora de campo a final da competição continental é tomada por enorme tensão.

Um grupo de torcedores sem ingressos tentou invadir o Hard Rock Stadium, provocando ação enérgica da polícia e de seguranças locais. Alguns deles foram detidos, enquanto os portões do estádio fechados por mais de uma hora mesmo para quem possui ingresso. Por consta dos incidentes, a Conmebol precisou atrasar o início em 30 minutos.

“Informamos que pessoas que não possuem ingressos não poderão entrar no estádio. Somente quem comprou ingresso poderá entrar assim que o acesso for habilitado novamente. A partida terá um atraso de 30 minutos, a partir das 20h30, horário local”, disse a confederação pelo Twitter.

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Pelas redes sociais, circulam diversos vídeos de torcedores em confrontos com seguranças ou tentando entrar em áreas do estádio de forma ilegal. Houve também muita correria, troca de ofensas e confrontos físicos entre o próprio público presente. Há crianças e mulheres que passaram mal após o ocorrido.

Com capacidade para 65.00 pessoas, a menos de uma hora para a decisão o estádio não parece ter nem 50% da ocupação total. Argentinos e colombianos fazem trabalhos de aquecimento no gramado.

Antes da partida, a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) comunicou que somente torcedores portando ingressos teriam acesso as imediações do estádio. PLACAR chegou ao local quase seis horas antes e enfrentou intenso trânsito.

Diferentemente de outros palcos utilizados na competição continental, mesmo dias antes não era possível sequer a aproximação da arena multiuso – conhecida por receber eventos de tênis, jogos de futebol americano, Fórmula 1 e shows – nem mesmo para uma selfie.

A experiência negativa foi vivida por duas famílias argentinas, flagradas por PLACAR sendo frustradas na tentativa durante a última sexta-feira, 12

Formalmente, a Conmebol não se pronuncia sobre venda de ingressos. O serviço é realizado pelo site da empresa Ticketmaster, com valores que vão de 1.780 dólares (9.663 reais) para os lugares mais distantes do campo e até 10.000 dólares (54.292) para áreas consideradas vip, no mesmo patamar do gramado.

Consultada, uma fonte da entidade explica que a confederação não tem qualquer ingerência sobre revendas e segue a legislação de cada país. Sendo assim, na atual edição, por conta das regras dos Estados Unidos, é permitido que outras empresas comprem e comercializem entradas com outros valores.

Durante as partidas, por sinal, a entidade tem divulgado as parciais somente do número total de presentes, mas não os pagantes ou não pagantes, nem mesmo a renda.

Scaloni alertou

Curiosamente, um dia antes, o técnico argentino Lionel Scaloni demonstrou enorme preocupação por novos conflitos envolvendo torcedores: “Também gostaria de falar algo sobre os incidentes após a partida entre Uruguai e Colômbia, principalmente para que isso não aconteça novamente amanhã. Tivemos uma situação semelhante no Maracanã, onde tivemos as famílias [dos jogadores envolvidas] nos tumultos, e é um tanto desesperador. Temos que olhar para isso, especialmente porque pedimos aos jogadores que sejam um exemplo, mas acho que nenhum deles agiria de outra forma”, afirmou na ocasião.

“A imagem no final da Colômbia e Uruguai foi muito triste e esperamos que não se repita amanhã. As imagens do outro dia parecem ser de há 50 anos e isso me preocupa com o que pode acontecer amanhã. Espero que esta mensagem seja bem recebida”, completou

A citada briga envolvendo jogadores do Uruguai e torcedores colombianos ocorreu minutos após o apito final na última quarta-feira, 10, no Bank of America Stadium, em Charlotte.

Zagueiro do Barcelona, Araujo provocou torcedores colombianos e também foi pivô da confusão – Juan Mabromata/AFP

Na ocasião, o atacante uruguaio Darwin Núnez, os zagueiros Ronald Araujo e José Giménez, além de alguns outros jogadores da seleção do Uruguai protagonizaram uma confusão generalizada ao correrem em direção a um dos setores estádio, acessando o local ocupado por seus familiares. Imediatamente, passaram a trocar socos com colombianos. Núñez chegou a pegar uma cadeira de ferro para atirar em direção a um dos torcedores, mas foi impedido.

Os atletas justificaram terem sido motivados a defender parentes, que estavam acompanhados de crianças e teriam sido alvo de uma “avalanche” promovida torcedores alcolizados.

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