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Técnico da Colômbia tenta evitar, mas engrossa críticas à Conmebol

Néstor Lorenzo disse que não falaria contra entidade para não soar como desculpa após vice-campeonato nos Estados Unidos

Por Klaus Richmond e Leandro Quesada, de Miami (EUA) |
Néstor Lorenzo perdeu sua primeira partida no comando da Colômbia - Maddie Meyer/Getty Images via AFP

Néstor Lorenzo perdeu sua primeira partida no comando da Colômbia - Maddie Meyer/Getty Images via AFP

Vice-campeão da Copa América, o técnico argentino Néstor Lorenzo bem que tentou, mas acabou engrossando a série de crítícas direcionadas à Conmebol. Em entrevista coletiva logo após o confronto, Lorenzo justificou que evitaria falar contra a entidade para não soar como desculpas após a derrota para a Argentina, em Miami, porém acabou se manifestando sobre uma série de assuntos.

Primeiro questionado sobre como as tentativas de invasão por parte dos torcedores ao estádio afetou os jogadores, ele disse: “nós estávamos no vestiário, já aquecendo, não sabíamos que levaria meia hora. Acho que atrasou 1 hora, não? Estávamos nos comunicando com nossas famílias e amigos, para saber se havia problemas ou não. Foi caótico. Tratamos de manter a calma da equipe, mas havia uma ansiedade. A programação do dia para jogar uma final é minuto a minuto. E depois te dizem que você tem que esperar 30 minutos, 45, 1 hora. É uma queixa, mas não um choro”.

Contudo, perguntado logo na sequência sobre o fato da final ter sido a única partida a ter prorrogação, Lorenzo criticou a falta de coerência da entidade, lembrando ainda ter tido uma série de problemas por viajar à zonas mais quentes do país.

“Sempre digo que quando as regras são iguais, não há vantagem, mas peço que haja uma coerência, sobretudo para proteger o físico dos jogadores. Jogar seis partidas em 21 dias é muito. Estreamos quatro dias depois da Argentina e jogamos o mesmo número de partidas. Fomos ao oeste [dos Estados Unidos], a zona mais quente. Viagens, tudo isso… Às vezes não sabíamos em que dia estávamos. Mas o caminho foi bonito, tenho que agradecer aos jogadores e corpo técnico. Estivemos juntos por 50 dias, e não tivemos um inconveniente ou problema”, explicou.

Sobre as duras críticas de Bielsa, o treinador disse que o compatriota “tem razão”, mas que pediria aos dirigentes para encaminhar uma série de reclamações que fará para melhoras do torneio.

“Me diga você, o que acha? Eu acho que ele tem razão em muita coisa que disse, mas não vim aqui falar sobre isso. Sobre isso já sabemos. Aqui quando você perde parece um choro, então é preferível não falar. Eu te digo que estou de acordo em levantar qualquer guerra, mas em outro âmbito. Não nesse momento depois de perder uma final. Quero falar da partida, de futuro, de processo, da seleção. Tudo o que passou é anômalo uma porção de situações. Vamos fazer uma lista, mandar aos dirigentes e pedir para que encaminhem a quem é responsável. Há muitas coisas. Hoje mesmo falamos do show, do intervalo prolongado, mas não queria falar de tudo isso. Vocês sabem. Eu não tenho medo, OK? Não tenho medo que me multem, mas não quero que pareça desculpa”, afirmou.

“O torneio é, sem dúvidas, muito bonito. Tem 16 equipes, um bom formato, mas os lugares que escolhem para essa época do ano não são ideiais. Em Phoenix era algo impossível de treinar a qualquer momento, e jogamos duas partidas. Poderiam escolher com um clima mais agradável, mais correto. O torneio é lindo mesmo, mas a organização não foi boa. Tem que melhorar”, completou.

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