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FIFPRO inicia estudo para investigar lesões de LCA no futebol feminino

Problemas no ligamento cruzado anterior são mais comuns no esporte entre mulheres e acometeu atletas de alto nível nos últimos anos

Por Guilherme Azevedo |

LONDON, ENGLAND - JULY 31: Beth Mead of England with her medal after the UEFA Women's Euro England 2022 final match between England and Germany at Wembley Stadium on July 31, 2022 in London, United Kingdom. (Photo by Visionhaus/Getty Images)

A FIFPRO e Associação de Futebolistas Profissionais (PFA), junto com a Nike e a Leeds Beckett University, oficializaram o lançamento do “Project ACL“. O estudo visa entender a alta incidência e reduzir as lesões de ligamento cruzado anterior (LCA) no futebol feminino.

Com duração de três anos, a pesquisa abordará diversos fatores que contribuem para os muitos casos dessas lesões entre as jogadoras. Segundo Alex Culvin, diretor de estratégia e pesquisa da FIFPRO para o futebol feminino, a iniciativa atende a um pedido das atletas, que desejam mais informações e soluções para este problema.

O projeto contará com a participação de clubes da Women’s Super League (WSL). Essas equipes serão avaliadas em relação a infraestrutura, número de funcionários, viagens e horários.

Beth Mead ficou fora da Copa Feminina em razão de lesão de LCA

A Doutora Flávia Magalhães, especialista em medicina esportiva, enfatizou a importância dessa avaliação abrangente. “Esperamos obter um panorama detalhado que nos permita ajustar cargas de treino e prevenir lesões que impactam significativamente a carreira das atletas”.

Estudos anteriores indicam que jogadoras de futebol feminino têm de duas a oito vezes mais chances de romper o LCA em comparação aos homens. Fatores como a anatomia feminina, ciclo menstrual e condições de treino são alguns dos elementos tratados como prováveis para a discrepância.

Katherinne Ferro, fisioterapeuta que integra a Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e Atividade Física (Sonafe), ainda ressalta a necessidade de um enfoque multifatorial para compreender o problema. “Lesões são multifatoriais e precisamos de uma visão ampla para traçar estratégias eficazes”.

A conclusão do estudo coincide com a próxima Copa do Mundo Feminina, que será disputada no Brasil. No último mundial, mais de 25 jogadoras foram desfalques devido a lesões de LCA.

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