Dirigentes querem que pilotar carro de F1 fique mais difícil
Depois da contratação de Max Verstappen, de apenas 16 anos, e de críticas das próprias equipes, FIA estuda fazer ajustes para tornar corridas mais atraentes
Os dirigentes da Fórmula 1 estão pensando em novas formas de tornar os carros mais difíceis de serem pilotados. A ideia partiu de algumas equipes, em conjunto com a Federação Internacional de Automobilismo (FIA), que buscam soluções para deixar a categoria mais atrativa para os fãs. Segundo eles, os novos carros estão muito fáceis de ser pilotados, o que ficou ainda mais evidente depois do anúncio de que Max Verstappen, piloto holandês de apenas 16 anos, será titular da equipe Toro Rosso na temporada de 2015 (quando já terá completado 17).
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De acordo com a revista britânica Autosport, estudos serão feitos para que se possa descobrir em que partes do carro será possível realizar mudanças. A princípio, deveriam ser feitos ajustes na aderência dos pneus, na dimensão do carro e no desempenho aerodinâmico dos monopostos. A publicação ainda conversou com Alain Prost, tetracampeão mundial de Fórmula 1, que se mostrou surpreso com a confirmação de Verstappen como titular em 2015. Segundo o francês, isso não seria possível em sua época, principalmente pelo esforço físico que era necessário.
“Eu não sei o que vai acontecer com Max Verstappen, mas ele tem condições de conduzir o carro sem problemas. Isso era absolutamente impossível em nosso tempo, os carros eram muito difíceis de conduzir. Todo ano nós faziamos testes em Portugal. Às vezes, nós parávamos para um mês de testes. Mas, na primeira vez que fui a Portugal, não foi possível fazer um dia completo de testes de jeito nenhum. Foi muito difícil fisicamente, o que não é o caso hoje”, afirmou Prost.
Atual piloto da Red Bull, o australiano Daniel Ricciardo foi menos enfático, mas admitiu que a exigência é bem menor hoje em dia. “Fisicamente, não é como fazer uma caminhada no parque, mas é bem mais fácil do que há alguns anos, pelo menos.” No último fim de semana, o jornal americano The New York Times publicou uma reportagem justamente sobre essa questão e foi bastante crítico ao afirmar que a Fórmula 1 se tornou um “playground” para jovens pilotos.
“No início da F-1, era comum ver corredores altos, musculosos e fortes, entre 30 e 40 anos, duelando contra as pistas. Os carros tinham motores gigantes e poderosos, que criavam pesadas forças gravitacionais. Isso significava que os pilotos tinham que ter pescoços e ombros muito fortes. Era preciso pilotar por muitos anos para ganhar experiência de corrida em categorias menores. Só depois os pilotos chegavam ao nível máximo”, escreveu o jornalista Brad Spurgeon, que também usou a contratação de Verstappen como principal sinal de que a categoria está “fácil” demais.
Data | Local | Autódromo |
---|---|---|
05/10 | Japão | Suzuka |
12/10 | Rússia | Sochi |
02/11 | Estados Unidos | Austin |
09/11 | Brasil | Interlagos |
23/11 | Abu Dhabi | Yas Marina |
Equipe | Pilotos | |
---|---|---|
Red Bull | Sebastian Vettel (Alemanha) | Daniel Ricciardo (Austrália) |
Ferrari | Fernando Alonso (Espanha) | Kimi Raikkonen (Finlândia) |
McLaren | Jenson Button (Grã-Bretanha) | Kevin Magnussen (Dinamarca) |
Lotus | Pastor Maldonado (Venezuela) | Romain Grosjean (França) |
Mercedes | Nico Rosberg (Alemanha) | Lewis Hamilton (Grã-Bretanha) |
Sauber | Esteban Gutiérrez (México) | Adrian Sutil (Alemanha) |
Force India | Nico Hulkenberg (Alemanha) | Sérgio Pérez (México) |
Williams | Felipe Massa (Brasil) | Valtteri Bottas (Finlândia) |
Toro Rosso | Daniil Kvyat (Rússia) | Jean-Eric Vergne (França) |
Caterham | Andre Lotterer (Alemanha) | Marcus Ericsson (Suécia) |
Marussia | Jules Bianchi (França) | Max Chilton (Grâ-Bretanha) |
(Com agência Gazeta Press)