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Corinthians quer cobrar Conmebol por erros da arbitragem

Tite e Gobbi ficam revoltados com Carlos Amarilla – que é elogiado por Bianchi

Por Da Redação |
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Uma curiosidade sobre o trio que comandou o jogo foi a presença de Rodney Aquino numa das bandeiras. Ele é filho de Ubaldo Aquino, árbitro que ajudou o mesmo Boca contra o Palmeiras na Libertadores de 2001

A diretoria do Corinthians deverá se reunir na tarde desta quinta-feira para estudar com seu departamento jurídico possíveis alternativas para protestar na Conmebol contra o árbitro paraguaio Carlos Amarilla, que apitou a partida contra o Boca Juniors, na noite de quarta, pelas oitavas de final da Copa Libertadores. O empate por 1 a 1 eliminou a equipe. “Espero que o Tribunal Disciplinar da Conmebol, que soube nos punir, também puna o árbitro”, disse o presidente Mário Gobbi logo depois do jogo, em referência às penas sofridas em decorrência da morte do torcedor boliviano Kevin Espada na estreia da equipe, em Oruro. O Corinthians reclama de dois pênaltis em Emerson (um deles, claríssimo; o outro, controverso) e dois gols anulados, um de Romarinho (em situação absolutamente legal) e outro de Paulinho (em posição legal, mas após um lance de falta no goleiro). “Nós não perdemos. Nos fizeram perder”, atacou Gobbi, em referência ao trio de arbitragem.

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“O Amarilla foi muito mal, deixou a desejar e influiu diretamente no resultado da partida. É lamentável e eu espero que a Conmebol tome as providências”, disse o cartola. O técnico Tite disse que foi “falso” ao caminhar até o trio de arbitragem e cumprimentá-lo depois da partida. “Pela primeira vez na minha vida fui cínico. Estou dando a mão à palmatória para admitir a minha falsidade. Depois do jogo apertei a mão dele e dos auxiliares e disse parabéns. Fui falso. Coloquei o meu lado podre para fora. Gostaria de nunca mais tê-los na minha frente”, disse o gaúcho. Avaliação bem diferente da que foi apresentada por Carlos Bianchi, o treinador do Boca. “Eu acho que ele apitou bem. Advertiu quando tinha que advertir. Talvez tenha mostrado alguns cartões muito cedo, mas nunca perdeu o controle do jogo, sempre comandou a partida como desejava. Se o árbitro consegue controlar uma partida dessa natureza, é sinal que tem personalidade”, elogiou.

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Carlos Amarilla teve a imediata proteção dos policiais no momento do apito final. Depois do cumprimento irônico de Tite, tomou banho e não saiu do Pacaembu pelo local de costume – precisou voltar ao gramado, onde recebeu nova escolta e entrou em um carro posicionado ao lado do tobogã. Alguns repórteres o aguardavam para ouvi-lo sobre sua participação decisiva na partida entre Corinthians e Boca Juniors. O paraguaio ignorou os jornalistas e ainda contou com o auxílio de um policial, que afastou os profissionais de imprensa com um spray de pimenta. Uma curiosidade sobre o trio que comandou o jogo foi a presença de Rodney Aquino numa das bandeiras. Ele é filho de Ubaldo Aquino, árbitro que ajudou o mesmo Boca contra o Palmeiras na Libertadores de 2001. Na ocasião, brasileiros e argentinos duelavam por uma vaga na final. No primeiro jogo, em Buenos Aires, Aquino deu um pênalti inexistente para o Boca e deixou de apitar um para os brasileiros. Acabou ficando conhecido entre torcedores do país por um apelido: “Roubaldo” Aquino.

(Com Estadão Conteúdo e agência Gazeta Press)

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