Cruzeiro demite Fernando Seabra após empate com Cuiabá
Mesmo com chance de título na Sul-Americana e na sétima posição do Campeonato Brasileiro, time mineiro optou por encerrar trabalho
O Cruzeiro demitiu o técnico Fernando Seabra, na manhã desta segunda-feira, 23. A decisão foi comunicada pelo clube em suas redes sociais no dia seguinte de um empate fora de casa, contra o Cuiabá, pelo Campeonato Brasileiro.
“O Cruzeiro comunica a saída de Fernando Seabra do comando técnico da equipe. Além do treinador, o auxiliar técnico Alvaro Martins também deixa o clube. Agradecemos pelo profissionalismo e dedicação e desejamos sucesso na sequência da trajetória dos profissionais“, comunicou a Raposa.
A equipe mineira ocupa a sétima posição do Brasileirão e está nas quartas de final da Copa Sul-Americana. Na competição continental, o Cruzeiro venceu o jogo de ida contra o Libertad e pode perder por até um gol de diferença para chegar à semifinal.
Como técnico definitivo, Fernando Seabra comandou o Cruzeiro em 35 jogos, com 17 vitórias, oito empates e 10 derrotas. O aproveitamento foi de 56,2%.
Seabra chegou ao clube celeste em 2022, como treinador do time sub-20, onde executou bom trabalho, que chegou ao fim após o vice-campeonato da Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2024. Entre janeiro e abril, ele comandou o Red Bull Bragantino B.
Após a demissão de Nicolás Larcamón, Fernando Seabra voltou à Toca da Raposa, mas como comandante do time principal. O jovem profissional teve impacto inicial, mas enfrentou oscilações recentes mesmo com a chegada de reforços na última janela de transferências.
Em entrevista exclusiva à PLACAR em agosto deste ano, Seabra falou sobre suas “faces”, admitindo o amor pela música, trajetória profissional e valorização do senso crítico. O promissor treinador também analisou suas influências, rasgando elogios a Jurgen Klopp, que comandou Borussia Dortmund e Liverpool por longos períodos.
“De tanto se enfrentarem, Klopp e Guardiola se aproximaram muito. Você pega o início do Klopp no Liverpool e vê um treinador muito mais vertical, com uma ideia da contrapressão e muito menos posicional. Depois, ele se apropria de vários aspectos e variações do jogo posicional, e isso o enriquece muito. Ele apresenta muita variação no estilo de jogo ao longo dos anos, mas gosto, sobretudo, da agressividade e da verticalidade nas transições, que também foram aspectos que o Guardiola incorporou dele ao longo dos anos“, disse.
