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Estádio Olímpico do Grêmio ainda não tem futuro decidido

Quem passa pelo bairro Azenha, nos arredores do Estádio Olímpico em Porto Alegre, se depara com o cenário de demolição de um lugar abandonado há mais de 10 anos. A implosão prometida nunca ocorreu e o impasse envolvendo Grêmio, Prefeitura de Porto Alegre, OAS e Karagounis mantém o estádio de pé até hoje, cercado de mato e entulhos espalhados.

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O acordo original previa troca de propriedades, com o Grêmio entregando o Olímpico à Karagounis, empresa financiada pelo fundo de investimento do FGTS e administrada pela Caixa Econômica Federal, enquanto a OAS repassaria a Arena ao clube. No entanto, por questões de dívidas referentes à construção do novo estádio, inclusive obras no entorno, a troca das chaves nunca foi finalizada.

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O caso com o Estádio Olímpico está próximo do fim?

A Prefeitura de Porto Alegre afirma nunca ter sido procurada pela OAS para resolver as obras no entorno da Arena e a situação do Olímpico. O prefeito Sebastião Melo chegou a ameaçar a desapropriação do Monumental, estipulando um prazo até março deste ano. No entanto, o tema não avançou e o projeto de lei, discutido há dois anos, nunca foi votado.

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A Karagounis se diz pronta, juntamente com o Grêmio, para fazer a troca das chaves. Para isso, o Banrisul e o fundo de investimento REAG, que mantêm a dívida relativa à construção da Arena, precisam permitir o levantamento da alienação fiduciária. Em uma reunião recente, o governo federal, por meio do ministro Paulo Pimenta, fez uma proposta para resolver o impasse. Contudo, as partes envolvidas consideram a alternativa inviável.

Quais os impactos do abandono do estádio?

Quem sofreu e ainda sente as consequências dessa situação é a comunidade da região. O bairro da Azenha, conhecido pelo forte comércio de diferentes segmentos, viu uma redução significativa na movimentação. Lancherias e bares, outrora vibrantes, desapareceram das ruas ao redor do Olímpico, deixando um grande impacto econômico e social.

Um dos últimos sobreviventes entre os bares temáticos do Grêmio fechou há quase dois anos. Em 2022, o ge fez uma matéria sobre o Olímpicos Bar, que funcionava até altas horas da noite, trazendo vida à região. Com a diminuição da circulação de pessoas, e a falta de iluminação, a sensação de insegurança aumentou significativamente.

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O futuro do Estádio Olímpico

O Grêmio recentemente incluiu o Olímpico na programação de festividades do aniversário de 121 anos do clube, preparando uma área de mais de 11 mil metros quadrados para receber cerca de 10 mil pessoas. Estes movimentos indicam uma reaproximação do clube com o Velho Casarão, além de ser uma forma de rentabilizar um bem que exige um gasto de cerca de R$ 100 mil por mês em custos com segurança, limpeza e impostos.

O clube confirmou ter recebido recentemente uma proposta de dois empreendedores gremistas para a criação de um empreendimento com prédios residenciais e comerciais no terreno do Olímpico, preservando partes do estádio. Para isso, seria necessário rescindir o contrato com a Karagounis e a OAS, e buscar outra forma de adquirir a gestão da Arena.

O descaso com o Olímpico vai muito além de impasses contratuais. A imagem dos entulhos jogados abala a autoestima de toda uma região. Para quem não é da capital ou pouco frequenta o local, a cena do estádio abandonado é impactante, equivalente ao tamanho da história do Monumental.

O estádio, que já foi um símbolo de glória e emoções, hoje serve como depósito de sobras de demolição e lixo. A comunidade anseia por uma solução que resgate a memória e a história do Estádio Olímpico, e traga novamente vida e segurança para o bairro e seus arredores.

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